“Desiludido, saio de cena. Não acredito em Justiça, em MP, Policia Federal e demais órgãos fiscalizadores de nosso Estado.”
O desabafo é de Adiel Fernandes de Luna, em e-mail enviado ao Blog do Barata, no qual agradece a “grandiosa ajuda e atenção, para com o meu caso”. “Acho que fui usado para moeda de troca (sic)”, acrescenta, suscitando a grave suspeita de tráfico de influência para não deixar repercutir as denúncias por ele feitas envolvendo a família do ex-deputado Alessandro Novelino (foto), e ao próprio ex-parlamentar, morto em desastre aéreo ocorrido em 25 de fevereiro deste ano, no município de Moju, na região do Marajó, no Pará. Com a autoridade de quem serviu por 27 anos os Novelino, ele escancarou os porões da corrupção política e empresarial, inicialmente na Justiça do Trabalho e posteriormente no MPE, o Ministério Público Estadual, e mais recentemente na Sefa, a Secretaria de Estado da Fazenda. A prosperidade dos Novelino costuma ser associado, na versão corrente, ao contrabando de gasolina, agiotagem e sonegação fiscal.
Nos seus depoimentos Adiel Fernandes de Luna abriu a caixa-preta das falcatruas, revelando de sonegação fiscal a falsidade ideológica, por ele próprio protagonizadas, embora tenham sido desconhecidas pela Justiça do Trabalho. Esta, em uma sentença definida como “inusitada” por uma fonte insuspeita, deu ganho de causa aos Novelino, no contencioso travado com Adiel Fernandes de Luna, que reivindicava direitos trabalhistas, pelos anos que serviu à família do ex-deputado Alessandro Novelino.
Um comentário :
A justiça serve aos podereosos. Aos amigos a lei e aos inimigos os rigores da lei. Ouço isso desde criança. É duro, mas é a mais pura verdade.
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