O inusitado, no imbróglio protagonizado por Mauro César Freitas dos Santos, é a tentativa de desqualificar o noticiário revelando a prisão em flagrante, por tráfico de drogas e porte ilegal de arma, do jovem advogado. Ensandecida, a escumalha que tenta minimizar a gravidade do episódio e menosprezar as eloqüentes evidências que levaram à prisão em flagrante de Mauro César Freitas dos Santos, investe, em tom raivoso, particularmente contra os blogs, valendo-se, para tanto, de comentários anônimos. O anonimato, convém esclarecer desde já, é um recurso legítimo para evitar retaliações avassaladoras em conseqüência de denúncias envolvendo os poderosos de plantão e seus prepostos. O anonimato, porém, assume um caráter torpe quando utilizado não para debater, mas para tentar intimidar – ao ofender, e/ou difamar, e/ou caluniar – quem ouse se opor às tramóias dos eventuais inquilinos do poder e seus apaniguados.
“O certo é que esses blogs, incluindo o seu, é a escória da internet e representa o mesmo péssimo caráter de seus donos, que não passam a noticia de forma imparcial”, vocifera, por exemplo, outro anônimo, ao pretender justificar o gracioso habeas corpus que manteve livre o jovem advogado Mauro César Freitas dos Santos. A intervenção, em defesa do gracioso habeas corpus, seria hilária, não fosse patética. Dela se depreende que o suposto paradigma de cidadão ético seja o jovem advogado, preso por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. E que os blogs e seus editores, incluindo o Blog do Barata, sejam repulsivos não por transgredir a lei, mas por repercutir o imbróglio e questionar a pertinência do habeas corpus, aparentemente um pecado sem remissão, para quem habituou-se ao jornalismo bajulativo.
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