De acordo com denúncia feita por uma servidora estadual lotada no Arquivo Público do Estado do Pará, Ethel Valentina Soares, amplamente divulgada em redes sociais, vários memorandos foram enviados à Secretaria de Cultura, em diferentes gestões do governo, sem que qualquer medida efetiva tenha sido tomada para pelo menos aplacar o sucateamento do APEP. A indiferença criminosa dos poderosos de plantão, independentemente de legendas, soa tanto mais ignominiosa porque pelo Arquivo Público já passou, por exemplo, o historiador Geraldo Coelho, cujo porte intelectual presumivelmente deveria fazê-lo sensível ao abandono do APEP e cobrar providências urgentes do governo, o que não ocorreu, pelo menos ao que se saiba.
Foi esse imobilismo doloso e a preocupação em preservar o vasto patrimônio material e imaterial abrigado no Arquivo Público que provocaram a organização do ato público previsto para esta quinta-feira, 31. Uma constatação balizada pela compreensão de que em determinadas situações calar é mentir.
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