ALEPA – Megale também envolvido em falcatruas

        Vice-presidente da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, quando esta teve como presidente o hoje senador Mário Couto (PSDB), o deputado José Megale, o Zé Megale (foto), hoje líder da bancada tucana, também está envolvido nas falcatruas ocorridas no Palácio Cabanagem. A revelação é da própria Assessoria de Imprensa do MPE, o Ministério Público Estadual, de acordo com a qual as investigações criminais, de responsabilidade do promotor de Justiça Célio da Costa Azevedo, levaram à descoberta de diversos cheques pagos pelo Banpará, o Banco do Estado do Pará, nos quais constam apenas a assinatura de Megale, a quem, como vice-presidente, cabia substituir Mário Couto, quando este estivesse em viagem pelo interior, fora do Estado ou no gozo de férias ou licença.

        “Segundo Azevedo, da análise dos cheques surge a ligação entre José Megale e Daura Irene Xavier Hage, pois os cheques assinados e indevidamente pagos pelo Banpará às empresa da família de Daura dizem respeito a processos licitatórios comprovadamente fraudados”, assinala a notícia, veiculada no site do MPE. “José Megale assinava autorizando o pagamento de obras, serviços e aquisição de bens nunca realizados ou entregues à Alepa”, acrescenta a matéria, de acordo com a qual o deputado tucano mantinha abrigado no seu gabinete Marco Antonio Costa Martins, falecido ano passado e que era proprietário da empresa MAC Martins, que mantinha negócios com a Alepa. “Os serviços teriam sido requeridos ou solicitados pelo próprio Megale, conforme documentos juntados aos autos. O próprio Marco Antonio foi um dos doadores de dinheiro para a campanha eleitoral de José Megale, segundo informações levantadas junto a Justiça Eleitoral.

        A matéria acentua ainda que, segundo Arnaldo Azevedo, o procedimento para retenção do imposto sobre serviços que a empresa MAC Martins supostamente prestava à Alepa, era irregular, na medida em que ao invés de ser retido pelo órgão tomador do serviço, o desconto referente ao ISS era repassado através de cheque para o proprietário da empresa, que vinha a ser assessor do o deputado do PSDB. Consta ainda, afirma a notícia, que Megale mantém redutos eleitorais nos municípios de Monte Alegre e Alenquer, entre os quais se distribuem Daura Hage e seus parentes.