Pelo belo exemplo de dignidade, vale a pena reproduzir, integralmente, o comentário de Ângela Sales, abaixo transcrito.
“Anônimo das 18:07, por favor, não coloca o Egidio Filho nessa discussão. Nem se admite esse papo de gratidão. Isso é ridículo. Na nossa família as coisas não são assim: não se admite esse tipo de jogo. Eu sou filha do Egydio, a quem o Lúcio Flávio atribui autoridade moral para presidir a OAB e não reconhece nos atuais dirigentes da Ordem (da qual sou presidente) a mesma virtude. Pois sou amiga pessoal do Lúcio, e nem por isso me sinto ofendida com a opinião que tem sobre mim como Presidente da Ordem. O Egidio Filho é amigo e sempre esteve ao lado do movimento de oposição com o Jarbas, e nem por isso deixamos de ser sócios e solidários um com o outro. Jamais trocamos qualquer farpa entre nós por conta da OAB. Por favor, era só o que faltava patrulhar as opiniões do Barata porque o Egidio Filho o defende. Sem mesquinharia, por favor!
“Ângela Sales”
“Anônimo das 18:07, por favor, não coloca o Egidio Filho nessa discussão. Nem se admite esse papo de gratidão. Isso é ridículo. Na nossa família as coisas não são assim: não se admite esse tipo de jogo. Eu sou filha do Egydio, a quem o Lúcio Flávio atribui autoridade moral para presidir a OAB e não reconhece nos atuais dirigentes da Ordem (da qual sou presidente) a mesma virtude. Pois sou amiga pessoal do Lúcio, e nem por isso me sinto ofendida com a opinião que tem sobre mim como Presidente da Ordem. O Egidio Filho é amigo e sempre esteve ao lado do movimento de oposição com o Jarbas, e nem por isso deixamos de ser sócios e solidários um com o outro. Jamais trocamos qualquer farpa entre nós por conta da OAB. Por favor, era só o que faltava patrulhar as opiniões do Barata porque o Egidio Filho o defende. Sem mesquinharia, por favor!
“Ângela Sales”
Um comentário :
Querida Angela
Sua mensagem deve servir de exemplo para as pessoas que reduzem as divergências a um ti-ti-ti rasteiro e venal. Não só a considero uma querida amiga: respeito-a como uma das melhores advogadas da praça. Já disse para várias pessoas que se tivesse de relacionar os 10 maiores advogados que conheço em Belém, um dos lugares seria seu. Não por amizade: é mesmo pelo respeito à sua competência profissional, que nada fica a dever à do seu pai neste aspecto, muito pelo contrário. Não tenho a mesma opinião sobre a sua gestão na OAB e já escrevi isso e você já leu o que escrevi e já respondeu, no mesmo tom elevado desta sua última mensagem. E nossas eventuais divergências jamais alteraram o nível da nossa amizade nem o plano do respeito profissional. Amizade que não resiste a uma divergência ou mesmo a um conflito, não merece ser cultivada. E o plano de idéias tem autonomia suficiente, quando as idéias são expostas por pessoas sérias, para não interferir na relação pessoal. Fico feliz, aliviado e orgulhoso por você continuar a cultivar esse padrão elevado de relacionamento.
As críticas e comentários a meu respeito, feitos sob o manto desleal do anonimato, são frágeis demais - e evidentes demais para deixarem exposto o dedo do gigante e o ovo da serpente que trazem aninhado. Ainda assim, minhas respostas sumárias.
Não pretendi que a OAB tomasse partido de qualquer dos lados do contencioso (e da agressão física). Apenas foi suscitada a quebra do decoro profissional: pode um "operador do direito", conforme o jargão, recorrer à torta violência física para manifestar uma diferença de idéias ou mesmo uma alegada indignação, se a crítica foi através de um artigo de jornal, que se exerce sob a prerrogativa de um direito tutelado constitucionalmente (a liberdade de expressão)? E também uma suspeição: pode o dono de uma das empresas jornalísticas do mercado ser o árbitro da defesa da liberdade de imprensa? E pode continuar no cargo depois de ter cometido uma agressão, pela qual foi condenado (e só não cumpriu a pena porque aceitou pagar a multa estabelecida pelo Ministério Público do Estado, no uso de um instituto legal, a transação penal)? Na OAB do Pará de Ophyr Júnior e de Angela pode. Tanto que continuou. Sob esdrúxulas fundamentações escapistas.
Quanto à minha sobrevivência pessoal e a do Jornal Pessoal, só o pior cego (aquele que não quer ver) ignora a pobreza que é o JP e o meu modo de vida. Claro que não vivo do JP. O dinheiro que ele gera serve para pagar as despesas essenciais da publicação e pouco mais. O resto vem de free-lance, de uma ou outra palestra que me pagam (as que não pagam são tantas e tantas), de dinheirinho de algum livro que sai fora daqui e de muito controle de gastos. Minha última variação patrimonial foi em 1988: comprei o Passat, que dormita na garagem da minha casa, adquirida com financiamento do BNH. Ofereço minha declaração do imposto de renda a quem quiser saber. Desde que o interessado traga a sua para trocarmos figurinhas.
Ao invés de repetir as mesmas histórias sem provas dos anônimos caluniadores, que agem para atender objetivos nada anônimos, aos interessados de verdade basta sindicar, perquirir, perguntar. Minha vida é pública - e algo notória.
Um abraço,
Lúcio Flávio Pinto
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