Buscar a qualidade das atividades acadêmicas de ensino, extensão e pesquisa, de modo a conduzir a UFPA a um patamar de avanço real, moderno, produtivo e contínuo. Este é o compromisso basilar do professor Ricardo Ishak, 54 anos, 30 dos quais dedicados à UFPA, da qual é docente de carreira. Candidato a reitor, seu currículo inclui um mestrado na respeitável na Yale University, nos Estados Unidos, e Ph.D em Virologia, na London School of Hygiene and Tropical Medicine, na Inglaterra.
Ishak, que é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, tem como companheiro de chapa o professor Habib Fraiha Neto, doutorado em ciências biológicas pela UFPA. “Concorrer ao cargo máximo da UFPA, não pode ser apenas uma questão individual de querer ser reitor, mas entender-se como um servidor com experiência e competência para tirar a universidade de seus muros, ter a habilidade de mostrar a instituição para a sociedade paraense, ter a virtude de expressar a visibilidade para a Amazônia e projetá-la para cumprir o seu papel de centro importante de geração de conhecimento para o Brasil e o mundo”, advertiu, na entrevista concedida ao Blog do Barata.
O que o motivou a sair candidato a reitor?
Ser reitor é, em primeiro lugar, ter a vocação para servir a sociedade como um todo e um de seus segmentos fundamentais que é a comunidade universitária.
Candidatar-se ao cargo de reitor da Universidade Federal do Pará implica em ter um programa de trabalho confiável que pactue pluralidade, além de ser exeqüível e, principalmente, que venha contribuir com a melhoria da qualidade de vida do ser amazônico. Concorrer ao cargo máximo da UFPA, não pode ser apenas uma questão individual de querer ser reitor, mas entender-se como um servidor com experiência e competência para tirar a universidade de seus muros, ter a habilidade de mostrar a instituição para a sociedade paraense, ter a virtude de expressar a visibilidade para a Amazônia e projetá-la para cumprir o seu papel de centro importante de geração de conhecimento para o Brasil e o mundo.
Os compromissos com a educação pública, gratuita e de qualidade, para se alcançar desenvolvimento humano, justiça social, valores democráticos e a promoção da cidadania, têm sido exaustivamente propalados pelos nossos governantes, principalmente nos últimos anos. Sabe-se, no entanto, que ações práticas nesse campo têm sido insuficientes e por isso não têm chegado a, sequer, equacionar os anseios da população regional. A inércia e a ausência de objetividade nas ações que se consegue perceber na UFPA, induziram a organização de um grupo que vem consultando, sistematicamente, as bases dessa universidade com a intenção de criar um programa de trabalho que transporte a instituição para um patamar de avanço real, moderno, produtivo e contínuo.
Cansado, como tantos outros membros da UFPA, de esperar novos rumos, mudanças de comportamento e atitudes que propiciem uma melhor qualidade de vida, principalmente para a comunidade universitária, e certo de que nosso conteúdo programático retrata, fielmente, o que docentes, técnicos administrativos, discentes e a sociedade deseja, é que acatei o desafio para encabeçar a candidatura ao cargo de reitor da UFPA.
Caso eleito, quais deverão ser suas prioridades, dentre os seus compromissos de gestão?
As nossas prioridades estão listadas em nosso programa. Aliás, é o único programa que está sendo entregue para toda a comunidade e se baseia em três grupos de ações voltadas para: (1) buscar a qualidade das atividades acadêmicas de ensino, extensão e pesquisa, fazendo com que o grupo de pró-reitores sejam mais planejadores do que executivos; hoje precisamos que a universidade seja planejada para atingir metas para daqui a quatro anos; planejamento, inclusive é um ponto forte de nosso programa, pois teremos de montar nosso plano decenal, o qual será discutido com toda a comunidade universitária; (2) a modernização da gestão universitária, com ações positivas para a desburocratização de processos e, principalmente, a descentralização dos recursos em valores que, de início serão de 30% até 40%; só essa providência, já facilitará o funcionamento da universidade; é impensável manter-se os valores de hoje repassados para as unidades; (3) para atingirmos um nível de bem estar social da comunidade universitária, hoje tão castigada; precisamos de um serviço social ativo que possa auxiliar situações como a falta de creches, casa de estudantes, apoio a pessoas com vícios, dentre outros; precisamos repensar dois tópicos importantes para a comunidade universitária como o plano de saúde oferecido à comunidade e o processo de redimensionamento dos técnicos-administrativos.
“Hoje precisamos que a UFPA
seja planejada para atingir metas
daqui a quatro anos; planejamento,
inclusive, é um ponto forte do nosso
plano decenal, o qual será discutido
com a comunidade universitária”
Dentre as eventuais realizações da administração do atual reitor, quais aquelas que, na sua visão, deverão ser aprofundadas e quais as que necessitam ser revistas?
Ainda que não seja uma ação direta do atual reitor, o aumento de recursos financeiros continuará a ser implementado, junto com os demais Reitores das universidades públicas. Como mencionei acima, além do plano de saúde e do redimensionamento, precisamos repensar as obras que estão sendo focadas. Ainda que possa parecer que o campus Belém, seja um “canteiro de obras”, precisamos observar que muitas são de desejo único da reitoria e não da comunidade. Com a distribuição dos recursos para a ponta que executa a UFPA, teremos obras não só em Belém, mas em todos os campi da universidade. O interior não é uma universidade separada, é a mesma UFPA, que hoje é discriminada assustadoramente. Basta conversar com nossos alunos do interior que vemos a o sentimento aflorar de forma às vezes até violenta. Você sabia que os alunos de um campus do interior não são atendidos nas unidades do campus Belém, como, por exemplo, na Biblioteca Central?
O que o senhor pretende fazer, se eleito, para resgatar o curso de medicina do sucateamento no qual desembocou?
O curso de medicina é o que mais aparece, por ser um curso tradicional, que é mais antigo que a UFPA. Entretanto, nada se fez para que o curso de medicina acompanhasse a mudança dos tempos. As ações das sucessivas pró-reitorias de ensino de graduação não buscaram conduzir o curso para a atualidade. Hoje, precisamos fazer com que todos os cursos que precisam ser apoiados, o sejam. Isto passa pelo apoio que a UFPA deve oferecer, prioritariamente à execução de um projeto pedagógico. Nossa experiência em apoiar pessoas, cursos, grupos emergentes, nos dá tranqüilidade para dizer que não apenas o curso de medicina, como vários outros de Belém, de Castanhal, Bragança, Marabá, Tucurui, Altamira, Santarém, Breves, Soure, Abaetetuba e dos inúmeros pólos da UFPA, serão seletivamente apoiados para diminuir o efeito do sucateamento.
“Nossa experiência nos dá
tranqüilidade para dizer que
não apenas o curso de medicina,
como vários outros, serão
apoiados seletivamente para
diminuir o sucateamento”
Eleito reitor, qual será a sua postura em relação ao redimensionamento de pessoal, diante das críticas segundo as quais se trata de uma iniciativa em tese saudável, porém implementada de forma autocrática e, por isso, desvirtuada de seus propósitos originais?
Apesar das inúmeras justificativas de que o processo de redimensionamento tenha sido “humanizado”, passamos por um momento triste na história da UFPA, pela falta de transparência durante a realização do processo. Quando você ressalta, sistematicamente, que um processo é feito de forma “humanizada”, a experiência mostra (principalmente por quem viveu o período dos governos militares dentro da UFPA em diretórios acadêmicos, como foi o nosso caso) que o processo ocorreu de forma diferente. Nossa grande crítica tem sido de que o técnico-administrativo foi redistribuído à revelia; os responsáveis pelas unidades tiveram uma responsabilidade compartilhada, pois sabiam do processo e se calaram; não se consultou o maior interessado: o técnico-administrativo. Como falei antes, o redimensionamento será repensado e rediscutido na UFPA.
Na sua leitura, qual o bônus e qual o ônus de não ter o apoio do atual reitor, como é o caso da sua candidatura?
Há quatro anos atrás, por não estar de acordo com a reeleição, eu e mais dois dirigentes fomos contrários e eu concorri com o professor Alex ao cargo de reitor da UFPA. Certamente, por ele estar com a chamada “máquina” na mão, na época, teria sido uma grande ajuda ter o apoio do reitor. Ainda que pense que todos os apoios são bem vindos (sem que isto signifique acordos, venda da alma, etc), acredito que o processo, hoje, está bem sem o apoio do reitor. Tem sido falado que são duas as candidaturas apoiadas pelo reitor, mas aí cabe a cada um responder o que lhe for de interesse.
Ishak, que é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, tem como companheiro de chapa o professor Habib Fraiha Neto, doutorado em ciências biológicas pela UFPA. “Concorrer ao cargo máximo da UFPA, não pode ser apenas uma questão individual de querer ser reitor, mas entender-se como um servidor com experiência e competência para tirar a universidade de seus muros, ter a habilidade de mostrar a instituição para a sociedade paraense, ter a virtude de expressar a visibilidade para a Amazônia e projetá-la para cumprir o seu papel de centro importante de geração de conhecimento para o Brasil e o mundo”, advertiu, na entrevista concedida ao Blog do Barata.
O que o motivou a sair candidato a reitor?
Ser reitor é, em primeiro lugar, ter a vocação para servir a sociedade como um todo e um de seus segmentos fundamentais que é a comunidade universitária.
Candidatar-se ao cargo de reitor da Universidade Federal do Pará implica em ter um programa de trabalho confiável que pactue pluralidade, além de ser exeqüível e, principalmente, que venha contribuir com a melhoria da qualidade de vida do ser amazônico. Concorrer ao cargo máximo da UFPA, não pode ser apenas uma questão individual de querer ser reitor, mas entender-se como um servidor com experiência e competência para tirar a universidade de seus muros, ter a habilidade de mostrar a instituição para a sociedade paraense, ter a virtude de expressar a visibilidade para a Amazônia e projetá-la para cumprir o seu papel de centro importante de geração de conhecimento para o Brasil e o mundo.
Os compromissos com a educação pública, gratuita e de qualidade, para se alcançar desenvolvimento humano, justiça social, valores democráticos e a promoção da cidadania, têm sido exaustivamente propalados pelos nossos governantes, principalmente nos últimos anos. Sabe-se, no entanto, que ações práticas nesse campo têm sido insuficientes e por isso não têm chegado a, sequer, equacionar os anseios da população regional. A inércia e a ausência de objetividade nas ações que se consegue perceber na UFPA, induziram a organização de um grupo que vem consultando, sistematicamente, as bases dessa universidade com a intenção de criar um programa de trabalho que transporte a instituição para um patamar de avanço real, moderno, produtivo e contínuo.
Cansado, como tantos outros membros da UFPA, de esperar novos rumos, mudanças de comportamento e atitudes que propiciem uma melhor qualidade de vida, principalmente para a comunidade universitária, e certo de que nosso conteúdo programático retrata, fielmente, o que docentes, técnicos administrativos, discentes e a sociedade deseja, é que acatei o desafio para encabeçar a candidatura ao cargo de reitor da UFPA.
Caso eleito, quais deverão ser suas prioridades, dentre os seus compromissos de gestão?
As nossas prioridades estão listadas em nosso programa. Aliás, é o único programa que está sendo entregue para toda a comunidade e se baseia em três grupos de ações voltadas para: (1) buscar a qualidade das atividades acadêmicas de ensino, extensão e pesquisa, fazendo com que o grupo de pró-reitores sejam mais planejadores do que executivos; hoje precisamos que a universidade seja planejada para atingir metas para daqui a quatro anos; planejamento, inclusive é um ponto forte de nosso programa, pois teremos de montar nosso plano decenal, o qual será discutido com toda a comunidade universitária; (2) a modernização da gestão universitária, com ações positivas para a desburocratização de processos e, principalmente, a descentralização dos recursos em valores que, de início serão de 30% até 40%; só essa providência, já facilitará o funcionamento da universidade; é impensável manter-se os valores de hoje repassados para as unidades; (3) para atingirmos um nível de bem estar social da comunidade universitária, hoje tão castigada; precisamos de um serviço social ativo que possa auxiliar situações como a falta de creches, casa de estudantes, apoio a pessoas com vícios, dentre outros; precisamos repensar dois tópicos importantes para a comunidade universitária como o plano de saúde oferecido à comunidade e o processo de redimensionamento dos técnicos-administrativos.
“Hoje precisamos que a UFPA
seja planejada para atingir metas
daqui a quatro anos; planejamento,
inclusive, é um ponto forte do nosso
plano decenal, o qual será discutido
com a comunidade universitária”
Dentre as eventuais realizações da administração do atual reitor, quais aquelas que, na sua visão, deverão ser aprofundadas e quais as que necessitam ser revistas?
Ainda que não seja uma ação direta do atual reitor, o aumento de recursos financeiros continuará a ser implementado, junto com os demais Reitores das universidades públicas. Como mencionei acima, além do plano de saúde e do redimensionamento, precisamos repensar as obras que estão sendo focadas. Ainda que possa parecer que o campus Belém, seja um “canteiro de obras”, precisamos observar que muitas são de desejo único da reitoria e não da comunidade. Com a distribuição dos recursos para a ponta que executa a UFPA, teremos obras não só em Belém, mas em todos os campi da universidade. O interior não é uma universidade separada, é a mesma UFPA, que hoje é discriminada assustadoramente. Basta conversar com nossos alunos do interior que vemos a o sentimento aflorar de forma às vezes até violenta. Você sabia que os alunos de um campus do interior não são atendidos nas unidades do campus Belém, como, por exemplo, na Biblioteca Central?
O que o senhor pretende fazer, se eleito, para resgatar o curso de medicina do sucateamento no qual desembocou?
O curso de medicina é o que mais aparece, por ser um curso tradicional, que é mais antigo que a UFPA. Entretanto, nada se fez para que o curso de medicina acompanhasse a mudança dos tempos. As ações das sucessivas pró-reitorias de ensino de graduação não buscaram conduzir o curso para a atualidade. Hoje, precisamos fazer com que todos os cursos que precisam ser apoiados, o sejam. Isto passa pelo apoio que a UFPA deve oferecer, prioritariamente à execução de um projeto pedagógico. Nossa experiência em apoiar pessoas, cursos, grupos emergentes, nos dá tranqüilidade para dizer que não apenas o curso de medicina, como vários outros de Belém, de Castanhal, Bragança, Marabá, Tucurui, Altamira, Santarém, Breves, Soure, Abaetetuba e dos inúmeros pólos da UFPA, serão seletivamente apoiados para diminuir o efeito do sucateamento.
“Nossa experiência nos dá
tranqüilidade para dizer que
não apenas o curso de medicina,
como vários outros, serão
apoiados seletivamente para
diminuir o sucateamento”
Eleito reitor, qual será a sua postura em relação ao redimensionamento de pessoal, diante das críticas segundo as quais se trata de uma iniciativa em tese saudável, porém implementada de forma autocrática e, por isso, desvirtuada de seus propósitos originais?
Apesar das inúmeras justificativas de que o processo de redimensionamento tenha sido “humanizado”, passamos por um momento triste na história da UFPA, pela falta de transparência durante a realização do processo. Quando você ressalta, sistematicamente, que um processo é feito de forma “humanizada”, a experiência mostra (principalmente por quem viveu o período dos governos militares dentro da UFPA em diretórios acadêmicos, como foi o nosso caso) que o processo ocorreu de forma diferente. Nossa grande crítica tem sido de que o técnico-administrativo foi redistribuído à revelia; os responsáveis pelas unidades tiveram uma responsabilidade compartilhada, pois sabiam do processo e se calaram; não se consultou o maior interessado: o técnico-administrativo. Como falei antes, o redimensionamento será repensado e rediscutido na UFPA.
Na sua leitura, qual o bônus e qual o ônus de não ter o apoio do atual reitor, como é o caso da sua candidatura?
Há quatro anos atrás, por não estar de acordo com a reeleição, eu e mais dois dirigentes fomos contrários e eu concorri com o professor Alex ao cargo de reitor da UFPA. Certamente, por ele estar com a chamada “máquina” na mão, na época, teria sido uma grande ajuda ter o apoio do reitor. Ainda que pense que todos os apoios são bem vindos (sem que isto signifique acordos, venda da alma, etc), acredito que o processo, hoje, está bem sem o apoio do reitor. Tem sido falado que são duas as candidaturas apoiadas pelo reitor, mas aí cabe a cada um responder o que lhe for de interesse.
Um comentário :
Aqui o melhor exemplo de um cara que concorre sem a menor chance de se eleger. Ele sabe disso, só vai até o fim para dar uma força à candidata chapa branca.
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