quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

UFPA – Baleixe cobra transparência do Consun

Em postagem feita neste blog, o professor Haroldo Baleixe cobra a transmissão em tempo real, pela internet, da reunião do Consun (Conselho Universitário) na qual deverão ser discutidos os desdobramentos da eleição do novo reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), vencida pelo professor Carlos Maneschy. O reitor eleito derrotou a atual vice-reitora, professora Regina Feio Barroso, escandalosamente apoiada pelo reitor em fim de mandato, professor Alex Bolonha Fiúza de Mello, que protagonizou até corpo-a-corpo eleitoral, algo sem precedente entre os seus predecessores.
Sob acusações de golpismo, supostamente estimulado pelo reitor em fim de mandato, Alex Bolonha Fiúza de Mello, a chapa da atual vice-reitora, Regina Feio Barroso, derrotada por Carlos Maneschy, contesta o resultado da eleição e pede a recontagem de parte dos votos. Isso depois de questionar os critérios de apuração, aprovados pelo próprio Consun, sem sofrer qualquer reparo, na ocasião, de nenhuma das quatro chapas inscritas.

5 comentários :

Haroldo Baleixe disse...

Dileto Augusto Barata, com quem já tomamos algumas lá pelo Bar do Parque, junto com o Walmir Botelho, nos anos 80 do século passado:
Só para não perder de vista na imensidão do teu blog e, também, com mínimas retificações:

CONSUN-UFPA tem de ser ON-LINE.
Diante da freqüência dos rumores de que há orquestração de golpe à homologação do resultado da Consulta à Comunidade Acadêmica da UFPA, que apontou Carlos Edilson de Almeida Maneschy seu futuro reitor, não se pode esperar nada mais, nada menos, que uma transmissão ao vivo, pela Internet, da reunião do Conselho Universitário.
A hipótese de subversão da ordem estatutária e regimental, por parte da chapa oficial, preocupa não só o meio acadêmico, mas o Pará.
A UFPA, um estandarte da democracia regional, não pode arriscar-se ao descrédito perante a sociedade civil, portanto, a transmissão online da reunião do CONSUN é obrigação e prestação de contas da instituição ao país e ao mundo — porque há fortes relações nacionais e internacionais no meio acadêmico.
Em uma reunião online não cabem subterfúgios ou covardias. O que lá for dito ecoará pelos quatro cantos do planeta.
O debate entre as chapas candidatas à reitoria e vice-reitoria ocorrido no ginásio de esportes foi transmitido online e sua gravação pode ser vista no espaço destinado à “Eleição para Reitor e Vice-reitor 2009-20013” (http://www.portal.ufpa.br/interna_ele.php) linkado no Portal da UFPA (http://www.portal.ufpa.br/) como parte das informações do processo de Consulta à Comunidade Universitária.
Esse lugar virtual não recebe nenhuma postagem desde o dia 02 de dezembro passado, véspera das eleições. O resultado das urnas e o teor do recurso da chapa situacionista não foram ali divulgados, quebrando a conduta de transparência dos procedimentos da Comissão Eleitoral.
O portal da UFPA é silente sobre as ocorrências que dizem respeito ao processo sucessório da reitoria/vice-reitoria.
A ausência de informações precisas suscita que urdi-se um golpe (como um Golpe de Estado, com protagonistas ligados à máquina governamental) para fazer valer a vontade do atual reitor em empossar a professora Regina Feio — sua vice e segunda colocada no pleito.
As regra foram estabelecidas, as inscrições foram homologadas, a eleição transcorreu de modo salutar, a Comissão Eleitoral divulgou o resultado e aguarda-se, apenas, que tudo seja sacramentado pelo CONSUN.
Entretanto, com tanta nebulosidade e hesitação, não há outro caminho que não a transmissão online da reunião que promete ser a mais frenética dos últimos sete anos no Conselho Universitário — e, principalmente, do lado de fora da sala da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores.
Detalhe sinistro: toda a chapa da situação tem assento no CONSUN com direito a voz e voto. Pode?

Haroldo Baleixe disse...

Perdão Barata: não havia percebido a postagem imediatamente abaixo. Contudo, na última que enviei, há algumas pequenas correções, já que o comentário virou post no Blog HB.

Anônimo disse...

Parabéns, Barata
O que se está vendo no seu blog é o que deveria ser o primado do bom jornalista: não há provincianismo quando a causa é nobre e os blogs e internautas trocam entre si, num exemplo para o mundinho fechado dos jornais, que ´muitas vezes não dão uma notícia só porque o outro já deu.
Em tempo: a campanha do Baleixe é ótima. Consun on-line para garantir a lisura do processo na UFPA!!!

Haroldo Baleixe disse...

UFPA: votou, acabou!
Recurso para recontagem de votos no CONSUN — Conselho Universitário — da UFPA — Universidade Federal do Pará — é o cúmulo da sandice.
Os votos foram contados diante dos fiscais de todas as chapas e não registrou-se irregularidades nas atas das mesas apuradoras.
A máquina administrativa tanto estava a serviço da chapa da professora Regina Feio que o resultado de sua derrota foi sabido bem antes, no Instituto de Geociências, que Maneschy soubesse que fora eleito reitor, no Laboratório de Engenharia Mecânica.
O banco de dados da professora Regina era tanto mais confiável que nós fomos ao estacionamento do IG, vimos o debandar inconsolável do seu comitê e tivemos certeza absoluta da vitória de Carlos Maneschy.
As urnas viraram lixo, não servem para mais nada porque ninguém confia em seu conteúdo.
Se o poder instituído da UFPA trabalhou em prol de Regina, incluindo aí o próprio reitor como seu mais efetivo cabo eleitoral, quem seria ingênuo o suficiente para crer que as urnas estariam intactas? Emprenhar urnas “dentro de casa” é um maná.
Ser democrata somente quando ganha parece impregnar a chapa oficial.
Em uma eleição que concorremos com um dos membros da equipe que Regina escolheu para auxiliá-la, ganhamos. Por mais que houvesse Comissão Eleitoral instituída pelo Conselho de Centro e as eleições fossem para todos as coordenações e departamentos, a trupe de apoio ao adversário (também situacionista) apareceu com uma urna, literalmente debaixo do braço, e propôs, em reunião departamental, “nova votação” somente com os membros definidos no Regimento da UFPA, argumentando que aquilo (a regular, paritária e democrática Consulta à Comunidade Acadêmica) fora apenas uma “consulta”, sem valor algum. Foram escorraçados da reunião e saíram com o rabo entre as pernas. O reitor custou, mas assinou nossa portaria, depois do arquivamento de um processo comprovadamente viciado e perseguidor.
Dois anos depois uma enxurrada de votos entre professores, funcionários e alunos de um dos dois cursos nos reconduziu à função. Sem fôlego o desafeto, já conselheiro do CONSUN por indicação do reitor, articulou a extinção do nosso departamento naquele Conselho Universitário. Brigamos e conseguimos garantir o que fora chamado de “interregno”, por cinco meses, até o final do nosso segundo mandato consecutivo e a transferência de alguns professores descontentes com esse procedimento autoritário (as bases jamais foram consultadas) — trabalhamos com mordaça e camisa-de-força até o último dia transcrito na portaria do reitor.
(http://www.adufpa.org.br/arquivos/File/ja2006/ja05_2006.pdf)
Democracia não é para todo mundo, tem gente que nunca ouviu falar nessa doutrina, muito menos a exercitou.
Não há possibilidade alguma de mudança no resultado já oficializado pela Comissão Eleitoral. Ninguém respeitará outro que não Carlos Edilson de Almeida Maneschy, reitor eleito nas urnas com regras claras pré-estabelecidas pelo Conselho Universitário.
Conselheiros que fazem parte de chapas devem ser impedidos de votar na reunião do CONSUN, aliás, nem deveriam comparecer à reunião — a não ser que todos os candidatos (cabeças de chapa) sejam convidados para, calados, assisti-la.

Os componentes da chapa oficial (Regina/Licurgo) são conselheiros do CONSUN, se seus votos forem contabilizados, mais o do reitor, será a concretização do golpe anunciado.

P.S.: As urnas utilizadas na UFPA não foram eletrônicas e sim de lona. A imagem acima é simbológica: votou. (pt) Saudações!

Haroldo Baleixe disse...

UFPA: conselheiro supeito, conselheiro impedido!

Regina Feio Barroso e Lucurgo Brito impetraram recurso extemporâneo à Comissão Eleitoral do CONSUN para recontagem dos votos e, por unanimidade, lhes foi negado, contudo, recorrem ao Conselho Universitário, em última instância, no dia 22 de dezembro vindouro — mesma ocasião em que se deve homologar o resultado das urnas.

A chapa em questão, situacionista, tem em sua equipe administrativa vários conselheiros com direito a voz e voto no CONSUN; tais indivíduos, por puro bom senso, deveriam ser impedidos, junto com os conselheiros que compõem outras chapas:

1. Regina Feio Baroso (CONSELHEIRA); 2. Licurgo Brito (CONSELHEIRO); 3. Julio Cesar Pieczarka (SUPLENTE DE CONSELHEIRO); 4. Maria de Nazaré dos Santos Sarges (CONSELHEIRA); 5. Carlos Alberto Batista Maciel; 6. Sibele Maria Bitar de Lima Caetano (CONSELHEIRA); 7. Simone Baia (CONSELHEIRA); 8. Afonso Medeiros (CONSELHEIRO); 9. José Carlos de Araújo Cardoso Filho; 10. Luiz Otávio Mota Pereira (CONSELHEIRO); 11. Edna Maria Ramos de Castro (CONSELHEIRA); e 12. Ney Cristina Monteiro de Oliveira (CONSELHEIRA).