Acabo de receber a notícia, que lamentavelmente era uma questão de calendário, mas que nem por isso deixa de causar pesar. Morreu no início da noite desta sexta-feira, 19, o jornalista Isaac Soares, que marcou época como colunista social e que, pela bonomia que lhe era própria, fez-se querido de todos. Dele se pode dizer que foi um homem sem inimigos pessoais.
Uma das cabeças coroadas no Pará do PSD, o Partido Social Democrático, que deteve a hegemonia política no Brasil, na esteira da Revolução de 1930 até o golpe militar de 1º de abril de 1964. Isaac foi vice-prefeito de Belém, em um mandato interrompido ao ter seus direitos políticos cassados pela ditadura militar, a exemplo de tantos outros baratistas, como ficaram conhecidos os fiéis aliados e eleitores do ex-governador Joaquim Cardoso de Magalhães Barata. O ex-governador, que despontou no proscênio político como interventor do Pará, foi um caudilho que, com seu perfil austero e populista, passou à posteridade como a maior liderança política da história do nosso Estado, onde o baratismo se confundia com o PSD.
Não é exagero dizer que o Pará e os amigos perderam Isaac Soares. Mas perde-se, sobretudo, um ser humano que ofereceu um eloqüente exemplo de dignidade em uma passagem profundamente amarga da sua vida. Diante do golpe militar de 1964, acuado pelos seus algozes políticos, ele se recusou a transferir responsabilidades, assumindo como seus eventuais desmandos dos seus subordinados hierárquicos.
Uma das cabeças coroadas no Pará do PSD, o Partido Social Democrático, que deteve a hegemonia política no Brasil, na esteira da Revolução de 1930 até o golpe militar de 1º de abril de 1964. Isaac foi vice-prefeito de Belém, em um mandato interrompido ao ter seus direitos políticos cassados pela ditadura militar, a exemplo de tantos outros baratistas, como ficaram conhecidos os fiéis aliados e eleitores do ex-governador Joaquim Cardoso de Magalhães Barata. O ex-governador, que despontou no proscênio político como interventor do Pará, foi um caudilho que, com seu perfil austero e populista, passou à posteridade como a maior liderança política da história do nosso Estado, onde o baratismo se confundia com o PSD.
Não é exagero dizer que o Pará e os amigos perderam Isaac Soares. Mas perde-se, sobretudo, um ser humano que ofereceu um eloqüente exemplo de dignidade em uma passagem profundamente amarga da sua vida. Diante do golpe militar de 1964, acuado pelos seus algozes políticos, ele se recusou a transferir responsabilidades, assumindo como seus eventuais desmandos dos seus subordinados hierárquicos.
2 comentários :
É com grande pesar que li esta notícia. Perdemos uma grande pessoa e um excelente profissional, lembro quando cobria o baile de debutantes nos idos de 70, no qual era uma das meninas da AP.
Barata, a elegância traduzida em educação, gentileza e humildade de Isaac não tem igual em nossa terra. Acredito que ainda vai demorar muito para termos outro Tigre desse porte.
ABS, Isadora
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