TCE – Júnior Hage: fica para a próxima vez

Para consumo externo, Júnior Hage abdicou da disputa por supostamente entender que, com 36 anos, é muito novo e pode aguardar uma outra oportunidade. Uma outra oportunidade para postular as benesses do poder, o que naturalmente não foi dito. Enquanto isso, usufruiu das mordomias parlamentares, cujo inconveniente é o interregno à procura de eleitores desavisados, porque submersos na miséria, a cada quatro anos. Nada que a famiglia Hage não possa resolver, poupando seu ilustre rebento, um rapaz de fino trato e, na intimidade, de muita, mas muita sensibilidade, dizem.
Quanto a Luis Cunha, a eleição para conselheiro do TCE foi o desfecho de uma ávida busca pelo dolce far niente institucionalizado, como costumam ser os tribunais de contas por essas paragens. Uma ambição previsível para um político que sempre foi coerente com suas convicções – alinhou-se, sempre, ao lado do governo, fosse este qual fosse!