* De um colaborador anônimo
Existe um mito grego denominado “O Mito de Sísifo”.
Sísifo está sendo punido pelos deuses, tendo de levar uma pedra ao topo de uma montanha. E a outra parte da punição é que assim que ele chega ao topo – cansado, suado e sem fôlego, por ter carregado a pedra –, a pedra escorrega de suas mãos e volta a cair lá em baixo, no Vale. Ele volta a descer, e sobe com a pedra para o topo da montanha, e a mesma coisa volta a acontecer – e segue acontecendo. Essa punição contínua repetindo-se sem parar. Todas às vezes, ele vai com a esperança de que vai conseguir... e a pedra escorrega e volta a cair no Vale. E Sísifo desce outra vez.
Todos nós somos Sísifos. Nossas histórias podem ser diferentes, nossas montanhas podem ser diferentes, nossas pedras podem ser diferentes, mas somos Sísifos. Somos Sísifos por acreditar que em meio a 41 “deuses” acharíamos algum que se compadecesse de nossa penitência – que já dura quase vinte anos! E chamasse para si – como “deus” – a absolvição da penitência, pois afinal para que servem os “deuses”, se não existissem os Sísifos.
Nós, os Sísifos, funcionários da Alepa acreditamos que nosso sofrimento seria olhado pelos “deuses”; qual nada, todos tinham compromissos mais importantes a comparecer. Compromissos onde usariam da prerrogativa de “deuses” para “iluminar” com a chamada esperança outros Sísifos, e assim sucessivamente de eleições em eleições; sim... porque os cargos de “deuses” se renovam e esta é a única chance de abrandar a penitência dos Sísifos... e reacender-lhes a esperança.
Seriam os “deuses” justos? Creio que não. Os “deuses” que a princípio sofrem de complexo de inferioridade, daí quererem ser “deuses”, aplicam no seu ofício duas medidas: uma para si e outra para os Sísifos. Para si, o aqui e agora, esforço concentrado quando preciso; para os Sísifos, esperança, discursos efusivos, justificativas da honra, histórias de vida, etc, etc.
Mas os “deuses” encegueirados pelos holofotes do poder, de andar sobre as nuvens angelicais dos bens materiais e suas mesquinhas satisfações pessoais preenchidas, esquecem-se que para o exercício do divino poder neste céu que os abriga (Alepa), pago com o sofrimento de milhões de Sísifos, é necessário que outros Sísifos cuidem de suas aparições públicas, onde mais uma vez alardearão que estão trabalhando – tocando suas harpas – pelo sacrossanto bem dos Sísifos; e que assim seja.
Um dia - quem sabe? - esse mito deixará de existir, porque não serão mais necessários “deuses”, que terminam por não servir para nada e ficarão os Sísifos, que em verdade são os que fazem o barro se transformar em consciência porque com a consciência desperta... aí sim a panacéia de criar “deuses” voltará ao barro de onde nunca deveria ter saído. E que assim seja.
SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
4 comentários :
Estou na torcida para que a maioria desses 41 não voltem, fiquem por lá mesmo, naquele lugar.
Já botei o nome desse senhor na boca do sapo e costurei. Esperem só pra ver no que vai dar.....
Acho que o Armi se enganou na previsão de quem "não vai concorrer" para o governo. Pelo visto o anônimo que já botou o nome de juvenil na boca do sapo, sabe do que fala. rsrsrs
Todos vivem de mito inclusive os que endeusam o morubixaba do PMDB no Pará.
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