domingo, 23 de maio de 2010

CENSURA – A comovente solidariedade de Cacá

Na avalancha de manifestações de repúdio à censura judicial, que mobilizou um vasto elenco de bloqueiros do Brasil, a estes se somou Cacá Carvalho, paraense cujo talento tanto enriquece a dramaturgia brasileira. E dele recebi comoventes palavras de solidariedade, que não há como esquecer, porque servem de alento e evidenciam que não se deve tomar como impossível o que é apenas aparentemente improvável. E que, por isso, volto a transcrever:

“Barata,
“Li um livro certa vez, ‘Palavras da Honra’. Ali, uma velha mafiosa, vendo por terra os abatidos pela máfia, diz com desprezivel entonação: ‘Os Mortos são lembrados em silêncio’. Sim Barata, pois o falar, comunicar, divulgar, dar voz, é um espaço de liberdade que para a máfia é terrível, é pior e mais perigoso do que um fuzil, uma espingarda, quilos de TNT. Barata, as suas palavras para nós, tem a sensação de uma vingança, bonita e inteligente. Daqui há pouco o curto-circuito de indignação, raiva, medo e perplexidade se manifestará nas urnas. A nossa desgraça maior é que estamos entre a cruz e a caldeirinha. Tudo tende a piorar já dizia Beckett. As suas são as Palavras da NOSSA Honra.
“Abraços, Cacá Carvalho.”

Nenhum comentário :