sábado, 10 de janeiro de 2009

SEGURANÇA –Tragédias precipitam mudanças

As mudanças anunciadas pela governadora petista Ana Júlia Carepa parecem derivar, principalmente, da repercussão negativa na opinião pública diante dos recentes assassinatos, em um curto espaço de tempo, do médico Salvador Nahmias e do advogado Marcelo Castelo Branco Iúdice, procurador da Prefeitura de Belém. Ambos profissionais conceituados, Nahmias foi estupidamente assassinado com um tiro ao tentar fugir de uma tentativa de assalto e Iúdice foi morto brutalmente, com um tiro à queima-roupa, por um assaltante em fuga.
Essas tragédias parecem ter contribuído para o governo Ana Júlia Carepa passar do discurso para a ação. Até então a governadora parecia apostar nos efeitos dos factóides para tentar aplacar a indignação popular diante da escalada da criminalidade, em um expediente do qual lançou mão a tucanagem, quando no governo do Pará. Um bom exemplo desse estelionato publicitário foi protagonizado por Ana Júlia Carepa, ao participar pessoalmente, envergando um colete a prova de bala, de uma blitz da polícia na Terra Firme, um dos bairros mais pobres e violentos de Belém.
Em tempo: segundo os dicionários, factóide vem a ser fato, verdadeiro ou não, divulgado com sensacionalismo, no propósito deliberado de gerar impacto diante da opinião pública e influenciá-la.

3 comentários :

Anônimo disse...

Eu lembor bem , Barata.Voce foi criticado por muitos por causa da sua posição em criticar a atitude da governadora.Voce avisou e antecipou o desastre.Foi "surrado" aqui pelos assessores da Donana.
Se naquela oportunidade ela tivesse exigido rigor e nao fazer fastival de propagandas, as coisas poderiam ter melhorado.
Ações de tolerancia zero e uma verdadeira e ostensiva vigilancia alem claro de outras providencias, teriam minimizado essa tragwedia toda.
Detalhes que parecem insignificantes é que fazem a diferença na segurança. Proibir e punir quem anda de bicicletas nas calçadas e na contra mão ddas ruas,apreender bicletas sem identificaçao e motos tambem, alias andar de bicleta na calçada entre os peddestres é a ultima moda em \belem (a CTBEL poderia estar FAZENDO SUA PARTE).
Proibir e fornecer um numero de denuncias á população para dizer que existem situaçoes suspeitas em determinada rua. ( a policia iria investigar e fazer ronda, alem da habitualidade disso)
passar pente fino em festas de aparelhagem, essa praga que assola Belem. Ate no maranhao e no Ceará os donos de bares colocaram aviso: proibido som alto de carro. quem nao obedece nao é atendido, mas para isso tem que funcionar a secretaria municipal de meio ambiente, e por ai vai. Como se ve, para cada ação, nao existe so a policia trabalhando. Ela sozinha nao vai dar conta e enquanto for assim, o caos vai continuar.
è como diz a velha canção: sao coisinhas miudas corroendo aos poucos o nosso ideal.
Lucia

Edu disse...

Abril de 2005, domingo á noite, na travessa da Vileta entre Pedro Miranda e Antônio Everdosa, assaltantes invandem uma reunião de família que estava acontecendo à porta da casa, inconformados com reação de alguns familiares, disparam um tiro fatal que acerta o garoto Bruno, de 15 anos. Vocês sabiam dessa história, os jornais pronunciaram alguma indignação, a AOB se manifestou, quem além da família e de alguns vizinhos ficou chocado com o caso, ninguém é claro, Bruno era filho de uma agente de saúde da prefeitura, estudante de uma escola privada de terceira categoria, e o pai? - não vivia há muito mais ao seu lado.
Fatos como esse, já acontecem há muito em Belém, mas por que só agora o debate está fervendo na sociedade, é lógico, a classe média, a elite está sendo ameaçada pela violência. Lembro-me daquele dia, apenas uma viatura da PM ficou no local por alguns minutos e foi embora sem dar satisfação, e o delegado de plantão?- não vimos nem a sombra do cidadão.
Infelizmente a coisa funciona, mas o que fazer, quem será o nosso porta voz. É esperar e ver se alguma coisa boa acontece com as medidas de segurança que serão implantadas.

Anônimo disse...

estamos no mato sem cachorro, sem o papagagaio, sem o gato,sem onça, só cobras perigosas e peçonhentas andando pelas ruas, prontas pra atacar