quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

GREVE – De estilingue a vidraça

Sem entrar no mérito da questão, ainda que soe obviamente inquietante a paralisação, pelo papel em tese vital que a categoria desempenha, não deixa de ser inusitado o tom do discurso do governo Ana Júlia Carepa diante da greve dos delegados, ao recriminar o movimento diante das circunstâncias em que ele se dá. Afinal, quando ainda oposição, o PT nunca levou em consideração as circunstâncias das greves deflagradas pelo seu braço sindical, a CUT, a Central Única dos Trabalhadores.
O imbróglio fatalmente faz recordar o chiste célebre, segundo o qual nada mais parecido com a situação do que a oposição quando chega ao poder. O chiste, diga-se, tem a cara não só do PT, mas especialmente da DS, a Democracia Socialista, a tendência interna do partido da qual faz parte a governadora Ana Júlia Carepa.

9 comentários :

Anônimo disse...

Barata:

O Ministério Público do Trabalho tem o dever moral de intervir nestas novas contratações de servidores temporários pelo governo estadual.

1º Porque na maioria dos casos elas são absolutamente desnecessárias, realizadas por puro empreguismo e proselitismo eleitoral irresponsável. Diga-se: tão desnecessárias quanto algumas realizadas recentemente com servidores concursados.

2º Porque ao contratar temporários para vagas que deveriam estar sendo preenchidas por milhares de candidatos recentemente aprovados em concurso público, Ana Júlia dá uma prova inequívoca de duplo descumprimento: ao regime jurídico único dos servidores públicos civis do estado e ao mesmo princípio constitucional arguido para as demissões que já causaram tanto sofrimento a servidores - principalmente os mais antigos que, pela idade e falta de competitividade, estão vivendo um inferno astral.

3º Porque o excesso de contratações onera a folha de pagamentos e cria obstáculos para futuras negociações salariais das categorias, quando só então é que eles vão se lembrar da Lei de Responsabilidade Fiscal. Com um agravante: temporários novos são muito acomodados e pouco reivindicadores. Os sindicatos deveriam se posicionar contra isto.

4º Porque ao inchar um órgão com temporários e/ou concursados em excesso, o governo estimula a ociosidade parcial da força de trabalho, o esvaziamento de funções e reduz perspectivas de ganho. Comenta-se que um dos indicadores do inchaço na saúde pública são as constantes quedas nos valores da gratificação de produção (GDI) percebida pelos servidores - que nos últimos 3 trimestres teria atingido em média 30%.

5º Paralelamente a estes vícios, a falta de critério no processo de contratação de recursos humanos ajuda a fortalecer uma outra tendência viciosa deste setor: o acúmulo de cargos e funções - principalmente por parte dos médicos e em menor escala por outros profissionais de nível superior. Temporários servem para "cobrir" turnos de profissionais ausentes, enquanto eles faturam em outros locais de trabalho.

6º Concomitantemente ao excesso de contratações de servidores, o governo aumenta também o número e a participação de empresas privadas terceirizadas conveniadas para a prestação de serviços. Isso agrava ainda mais o desperdício com a duplicidade de gastos para certas ações específicas.

Anônimo disse...

Na página policial do LIB (de hoje), o destaque são dois assaltos a participantes do Forum, na Terra Firme. Será que é para tirar bronca da colunista? Mas o assalto de dois paulistas - que fotografavam o Mercado de S. Braz -e que foram depenados por bandidos armados, não saiu no jornal.

Anônimo disse...

Mas o senhor tem que saber que não são todos os delegados que concordam com a greve, até porque só uma pequena parte tem direito à isonomia salarial com os procuradores.
Além do mais, essa questão tem mais de 12 anos e deveria ter sido resolvida pelos governos tucanos.
O Estado, por sua vez, não pode pagar antes de esgotar todos os recursos judiciais cabíveis sob pena de crime de responsabilidade.
E por fim, o delegado Morais, um dos cabeças do movimento, fez parte do governo tucano e nunca moveu uma palha para resolver o problema, pelo contrário, ficava igual aqueles três macaquinhos emblemáticos do não ouço, não vejo, não falo. Os delegados que têm direito estão, na maioria, aposentados. E essa "greve" só aparece nos jornais, porque no dia a dia, ninguém notou.

Anônimo disse...

Mas o senhor tem que saber que não são todos os delegados que concordam com a greve, até porque só uma pequena parte tem direito à isonomia salarial com os procuradores.
Além do mais, essa questão tem mais de 12 anos e deveria ter sido resolvida pelos governos tucanos.
O Estado, por sua vez, não pode pagar antes de esgotar todos os recursos judiciais cabíveis sob pena de crime de responsabilidade.
E por fim, o delegado Morais, um dos cabeças do movimento, fez parte do governo tucano e nunca moveu uma palha para resolver o problema, pelo contrário, ficava igual aqueles três macaquinhos emblemáticos do não ouço, não vejo, não falo. Os delegados que têm direito estão, na maioria, aposentados. E essa "greve" só aparece nos jornais, porque no dia a dia, ninguém notou.

Anônimo disse...

Barata, houve uma verdadeira palhaçada por parte do governo para os delegados de polícia, vários secretários sentaram com os sindicalistas, deputados, etc,,. ocorre que depois de longas e intermináveis discussões, simplesmente o governo diz que não queria mais conversar, justamente no dia da assinatura do acordo. E, pasmem, a categoria, estava fazendo um acordo, baixando de 332 % de gratificações, para 100 % de gratificações,e, com uma ordem judicial que o Tj-pa não se faz respeitar, mesmo assim a categoria estava recuando de suas reivindicações, ocorre que o próprio governo que deixou a mesa de negociação. Barata, não se trata de reajuste salarial, trata-se de cunmprimeto da Lei 022/1994, feita pela Assembléia Legislativa do Pará e não pela categoria dos delegados. Recado para a Governadora. Excelência, ouça o Dr. Jarbas Vasconcelos, ouça o seu irmão Artur que também é advogado, só não vale ouvir o ibraim que tem interesse na causa e o Botelho que é incompetente.

João Carlos Silva Santos

Anônimo disse...

Querem criar uma outra casta de privilegiados no serviço público, pois a grande maioria dos servidores públicos de nível superior ganham em torno de R$ 1.500, enquanto esses procuradores juridicos ganham um salário de marajá, alguns chegam até a 16.000,00 e a grande maioria para não fazer nada.

Anônimo disse...

11:13, atew que para a ocasiao os assaltos estao sendo bem piucos

Anônimo disse...

Caro Barata,

A questão funcional no Estado é uma verdadeira bagunça. O Estado foi tomado pela ditadura dos advogados que forma um poderoso Lob e acham que são melhores que as outras categorias profissionais e podem ganhar salários muito acima e conseguiram. Enquanto isso Professores, Economistas, Engenheiros etc são relegados a categoria profissional de segunda classe. Esta é a terra de direitos dos advogados.

Anônimo disse...

Anônimo das 11:49, do dia 28/01/2009.
Ainda que com um comentário tardio, cumpre-me apenas esclarece-lo que se a Governadora optar por ouvir o seu irmão Arthur, "advogado" aí mesmo é que o caldo entorna... Advogado... é muito, Bacharel é mais adequado... no entanto, tanto faz, advogado ou bacharel, o bicho não sabe porra nenhuma... é só pose... só joguinho... basta procurar nos históricos da advocacia se existe alguma atuação do mesmo como tal... É igualzinho ao cargo político que hoje ocupa na AL, de Secretário Legislativo. Nada faz porque nada sabe fazer. E pior, ainda que soubesse não sabe se fazer respeitar pois é motivo de chacota... reina mas não governa... e ainda acha que é inteligente... tá ganhando o seu!!!