“Reafirmo o compromisso com a democracia interna e tenho certeza que essa prática cotidiana, mais do que qualquer discurso, convencerá as pessoas do que sempre disse, quando em campanha: proclamado o resultado, vamos desmontar os palanques e, a partir daí, trabalhar no que nos une - o interesse em fazer da UFPA (Universidade Federal do Pará) a grande protagonista do desenvolvimento da Amazônia.”
A declaração é do professor Carlos Maneschy, 53 anos, ao comentar a sua vitória na eleição para reitor da UFPA, pelo voto direto. Ele atribui seu triunfo a um claro desejo de mudança da comunidade acadêmica e explica o porquê dessa sua leitura. “A eleição foi muito disputada e a oposição se apresentou com três chapas que, juntas, obtiveram em torno de 70% dos votos. Ou seja, mais do que a fratura a que você se refere, o resultado nos parece expor que a grande maioria da comunidade votou na mudança”, assinala, em entrevista concedida, já como reitor eleito, ao Blog do Barata.
Bolsista de produtividade do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Carlos Maneschy é doutor em engenharia mecânica pela University of Pittsburgh e não parece temer sequer a eventual escassez de recursos previsivelmente decorrente da crise econômica mundial. “Teremos tempos difíceis, sem dúvida, mas acreditamos que a experiência das pessoas da equipe, não apenas acadêmica, mas também administrativa, nos permitirá concretizar as parcerias e cooperações nacionais e internacionais, públicas e privadas, de que vamos precisar para o crescimento da UFPA”, esclareceu, na entrevista concedida a este blog.
Considerando que a sua vitória ocorreu por uma parca margem de votos, o que sugere uma inocultável fratura política da academia, o que o senhor pretende fazer para aplacar eventuais ressentimentos de campanha e comprometer a todos com o seu projeto para a UFPA?
A eleição foi muito disputada e a oposição se apresentou com três chapas que, juntas, obtiveram em torno de 70% dos votos. Ou seja, mais do que a fratura a que você se refere, o resultado nos parece expor que a grande maioria da comunidade votou na mudança. Entre os projetos apresentados pela oposição, o nosso obteve a vitória.
Reafirmo o compromisso com a democracia interna e tenho certeza que essa prática cotidiana, mais do que qualquer discurso, convencerá as pessoas do que sempre disse, quando em campanha: proclamado o resultado, vamos desmontar os palanques e, a partir daí, trabalhar no que nos une, o interesse em fazer da UFPA a grande protagonista do desenvolvimento da Amazônia.
Talvez isso não seja fácil, mas é possível. Quem conhece minha história sabe que não estou falando por falar. Eu próprio sou um exemplo de que é possível não somente enfrentar dignamente a derrota como aprender com ela o caminho da vitória, desde que se coloque acima de tudo o interesse institucional, se tenha projeto político e não se perca tempo cultivando rancores.
O senhor foi eleito com o apoio de um vasto leque de forças, algumas até antagônicas entre si. Como reitor, de que forma o senhor pretende impedir que essa diversidade, permeada por interesses e propostas conflitantes, possa engessá-lo politicamente e imobilizar sua administração?
Em primeiro lugar, tenha certeza de que serei o reitor da UFPA, não o reitor deste ou daquele grupo. Em segundo lugar, todos os apoios que nos chegaram durante a campanha e foram bem-vindos - chegaram sabendo que havia um projeto e limites éticos a priori colocados, desde quando a candidatura começou a se articular. Finalmente, a diversidade, no campo político inclusive, faz parte da sociedade e da universidade. É preciso lidar com ela, dialogando com os diferentes grupos e também com os que não nos apoiaram - mas colocando acima de qualquer interesse o interesse institucional. Essa é a missão do reitor e da administração.
“Em primeiro lugar,
tenha certeza de que serei
o reitor da UFPA, não o reitor
deste ou daquele grupo”
Diante dos reflexos da crise econômica mundial, é quase certo que o senhor, ao contrário do atual reitor, venha a ser obrigado a administrar a escassez de recursos. Em assim sendo, como o senhor pretende viabilizar suas principais propostas para a UFPA?
Teremos tempos difíceis, sem dúvida, mas acreditamos que a experiência das pessoas da equipe, não apenas acadêmica, mas também administrativa, nos permitirá concretizar as parcerias e cooperações nacionais e internacionais, públicas e privadas, de que vamos precisar para o crescimento da UFPA.
O que o senhor pretende fazer, objetiva e concretamente, em relação ao redimensionamento de pessoal, alvo de uma sucessão de indignadas denúncias, segundo as quais serviria de pretexto para retaliações pessoais e/ou políticas?
Corrigir as distorções que se verificaram e fazer isso de maneira pactuada, ouvindo os envolvidos, seja através do Sintufpa (Sindicato dos Trabalhadores da UFPA), seja diretamente. É bom lembrar que o redimensionamento faz parte do plano de cargos e salários proposto pela Fasubra (Federação de Sindicato de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), mas é preciso pensar na humanização das relações de trabalho. Durante a campanha ouvi relatos de pessoas que se mostravam profundamente humilhadas, feridas na auto-estima. Não é justo para com elas nem desejável para a instituição que o redimensionamento crie uma espécie de servidores de segunda classe na UFPA.
“Nossa equipe vai honrar
as propostas de campanha.
Temos compromisso com
a excelência da UFPA”
Eleito reitor, quais seriam suas primeiras palavras à comunidade acadêmica em geral e, em particular, aos que ajudaram a elegê-lo e aos que optaram por apoiar seus adversários?
Não gostaria de, fragmentando o discurso, fragmentar a comunidade que, ao se manifestar por uma ou outra chapa, exerceu um direito. Por isso agradeço aos que participaram do processo, que é uma conquista histórica, e digo à comunidade acadêmica que nossa equipe vai honrar as propostas de campanha, que temos compromisso com a excelência da UFPA, que vamos trabalhar para que ela recupere seu protagonismo regional. Temos compromisso também em restabelecer a democracia na instituição e as entidades representativas podem estar certas de que serão respeitadas e ouvidas.
A declaração é do professor Carlos Maneschy, 53 anos, ao comentar a sua vitória na eleição para reitor da UFPA, pelo voto direto. Ele atribui seu triunfo a um claro desejo de mudança da comunidade acadêmica e explica o porquê dessa sua leitura. “A eleição foi muito disputada e a oposição se apresentou com três chapas que, juntas, obtiveram em torno de 70% dos votos. Ou seja, mais do que a fratura a que você se refere, o resultado nos parece expor que a grande maioria da comunidade votou na mudança”, assinala, em entrevista concedida, já como reitor eleito, ao Blog do Barata.
Bolsista de produtividade do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Carlos Maneschy é doutor em engenharia mecânica pela University of Pittsburgh e não parece temer sequer a eventual escassez de recursos previsivelmente decorrente da crise econômica mundial. “Teremos tempos difíceis, sem dúvida, mas acreditamos que a experiência das pessoas da equipe, não apenas acadêmica, mas também administrativa, nos permitirá concretizar as parcerias e cooperações nacionais e internacionais, públicas e privadas, de que vamos precisar para o crescimento da UFPA”, esclareceu, na entrevista concedida a este blog.
Considerando que a sua vitória ocorreu por uma parca margem de votos, o que sugere uma inocultável fratura política da academia, o que o senhor pretende fazer para aplacar eventuais ressentimentos de campanha e comprometer a todos com o seu projeto para a UFPA?
A eleição foi muito disputada e a oposição se apresentou com três chapas que, juntas, obtiveram em torno de 70% dos votos. Ou seja, mais do que a fratura a que você se refere, o resultado nos parece expor que a grande maioria da comunidade votou na mudança. Entre os projetos apresentados pela oposição, o nosso obteve a vitória.
Reafirmo o compromisso com a democracia interna e tenho certeza que essa prática cotidiana, mais do que qualquer discurso, convencerá as pessoas do que sempre disse, quando em campanha: proclamado o resultado, vamos desmontar os palanques e, a partir daí, trabalhar no que nos une, o interesse em fazer da UFPA a grande protagonista do desenvolvimento da Amazônia.
Talvez isso não seja fácil, mas é possível. Quem conhece minha história sabe que não estou falando por falar. Eu próprio sou um exemplo de que é possível não somente enfrentar dignamente a derrota como aprender com ela o caminho da vitória, desde que se coloque acima de tudo o interesse institucional, se tenha projeto político e não se perca tempo cultivando rancores.
O senhor foi eleito com o apoio de um vasto leque de forças, algumas até antagônicas entre si. Como reitor, de que forma o senhor pretende impedir que essa diversidade, permeada por interesses e propostas conflitantes, possa engessá-lo politicamente e imobilizar sua administração?
Em primeiro lugar, tenha certeza de que serei o reitor da UFPA, não o reitor deste ou daquele grupo. Em segundo lugar, todos os apoios que nos chegaram durante a campanha e foram bem-vindos - chegaram sabendo que havia um projeto e limites éticos a priori colocados, desde quando a candidatura começou a se articular. Finalmente, a diversidade, no campo político inclusive, faz parte da sociedade e da universidade. É preciso lidar com ela, dialogando com os diferentes grupos e também com os que não nos apoiaram - mas colocando acima de qualquer interesse o interesse institucional. Essa é a missão do reitor e da administração.
“Em primeiro lugar,
tenha certeza de que serei
o reitor da UFPA, não o reitor
deste ou daquele grupo”
Diante dos reflexos da crise econômica mundial, é quase certo que o senhor, ao contrário do atual reitor, venha a ser obrigado a administrar a escassez de recursos. Em assim sendo, como o senhor pretende viabilizar suas principais propostas para a UFPA?
Teremos tempos difíceis, sem dúvida, mas acreditamos que a experiência das pessoas da equipe, não apenas acadêmica, mas também administrativa, nos permitirá concretizar as parcerias e cooperações nacionais e internacionais, públicas e privadas, de que vamos precisar para o crescimento da UFPA.
O que o senhor pretende fazer, objetiva e concretamente, em relação ao redimensionamento de pessoal, alvo de uma sucessão de indignadas denúncias, segundo as quais serviria de pretexto para retaliações pessoais e/ou políticas?
Corrigir as distorções que se verificaram e fazer isso de maneira pactuada, ouvindo os envolvidos, seja através do Sintufpa (Sindicato dos Trabalhadores da UFPA), seja diretamente. É bom lembrar que o redimensionamento faz parte do plano de cargos e salários proposto pela Fasubra (Federação de Sindicato de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), mas é preciso pensar na humanização das relações de trabalho. Durante a campanha ouvi relatos de pessoas que se mostravam profundamente humilhadas, feridas na auto-estima. Não é justo para com elas nem desejável para a instituição que o redimensionamento crie uma espécie de servidores de segunda classe na UFPA.
“Nossa equipe vai honrar
as propostas de campanha.
Temos compromisso com
a excelência da UFPA”
Eleito reitor, quais seriam suas primeiras palavras à comunidade acadêmica em geral e, em particular, aos que ajudaram a elegê-lo e aos que optaram por apoiar seus adversários?
Não gostaria de, fragmentando o discurso, fragmentar a comunidade que, ao se manifestar por uma ou outra chapa, exerceu um direito. Por isso agradeço aos que participaram do processo, que é uma conquista histórica, e digo à comunidade acadêmica que nossa equipe vai honrar as propostas de campanha, que temos compromisso com a excelência da UFPA, que vamos trabalhar para que ela recupere seu protagonismo regional. Temos compromisso também em restabelecer a democracia na instituição e as entidades representativas podem estar certas de que serão respeitadas e ouvidas.
4 comentários :
Maneschy acerta quando atribui sua vitória a um desejo de mudança e acerta mais ainda quando faz compromissos públicos no seu blog, e por onde tem falado. Digo que ele acerta porque assim pode estar se blindando contra os maus-intencionados que podem já estar doidinhos pra fazer com que as regalias só mudem de mãos e tudo continue como antes no quartel de Abrantes da UFPa.
Deus dê força ao Maneschy para resistir aos amigos, porque os inimigos sempre são mais fáceis de lidar. Não d~e sopa, professor, que no primeiro favorzinho que fizer, achando que é inofensivo, o senhor será tragado pela voragem do toma-lá-dá-cá que se instalou às m,argens do Guamá.
Na dúvida, dou-lhe um crédito, mas na primeira pisada de bola vamos nos encontrar aqui mnos comentários do Barata.
Prezado Barata, o Prof. Carlos Maneschy, teve apoio de várias forças políticas para eleição de Reitor da UFPA., mas sem dúvida de errar, quem efetivou-lhe a vitória nas urnas foram os técnicos-administrativos, que apoiaram e lutaram bravamente desde o início de sua campanha, contra todo tipo de pressão e de chantagem emocional e até mesmo assédio moral por parte dos Pró-Reitores, Diretores de Instituto e de Faculdades e alguns Coordenadores de campi, que na sua grande maioria estavam apoiando a chapa da Reitoria (Regina e Licurgo).
Ouço falar que o Maneschy teve problemas na FADESP. Como vai ser resolvido isso? O resultado da eleição já está certo ou ainda ou pode ser modificado?
Prof. Maneschy vá a luta, que Deus está do lado do senhor!...Se Deus está com o senhor quem terá coragem de ficar contra..
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