Na tentativa de mitigar a ausência de um confronto direto entre as respectivas propostas para a UFPA (Universidade Federal do Pará), o Blog do Barata ouviu os quatro candidatos à sucessão do reitor Alex Bolonha Fiúza de Mello. Foram ouvidos em entrevistas na forma de pingue-pongue, com perguntas e respostas, Regina Feio Barroso, Ana Tancredi, Carlos Maneschy e Ricardo Ishak, os professores que disputam a eleição desta próxima quarta-feira, 3.
Por uma questão de eqüidade, foram formuladas, por escrito, as mesmas perguntas a todos os candidatos, modificada apenas a perspectiva da indagação sobre a eventual importância ou irrelevância do apoio do atual reitor, avalista, como se sabe, da candidatura da professora Regina Feio Barroso. De resto, para evitar mal-entendidos, as perguntas foram todas respondidas por escrito por todos os quatro candidatos, a pedido do editor do blog.
Por uma questão de eqüidade, foram formuladas, por escrito, as mesmas perguntas a todos os candidatos, modificada apenas a perspectiva da indagação sobre a eventual importância ou irrelevância do apoio do atual reitor, avalista, como se sabe, da candidatura da professora Regina Feio Barroso. De resto, para evitar mal-entendidos, as perguntas foram todas respondidas por escrito por todos os quatro candidatos, a pedido do editor do blog.
7 comentários :
Prezado Jornalista Barata, as propostas dos candidatos não revelam o verdadeiro debate que está por tras da eleição. Por isso gostaria que fosse aceito no seu blog meus comentários.
Poucas pessoas têm prestado atenção a alguns fatos de extrema importância neste processo eleitoral da UFPA e a maioria só coloca o debate nas propostas dos candidatos. Mas, por trás dessas propostas existe outro debate que não emerge para a mídia.
O que está em jogo nessa eleição da UFPA? Uma mudança histórica que dará passo a um novo grupo no poder? — ou é apenas uma eleição a mais. Confira nas análises dos diversos blogs, todos eles focados na eleição mais importante da história da UFPA.
Nesta eleição está em jogo uma possível mudança do poder na UFPA.
Até hoje predominou uma equipe que se manteve na condução da UFPA por mais de 20 anos. Se a candidata do Reitor for derrotada por algum dos outros candidatos, não haverá apenas uma alternância ou renovação na instituição, será o poder que passará para outras mãos.
Isto não significa que os que governaram até hoje não tenham trabalhado para bem da instituição. O melhor exemplo é o próprio Reitor Alex que fez uma boa obra, focada, principalmente na reconstrução física da UFPA e claro, também outras mudanças importantes no plano acadêmico, extensão e pesquisa. Se ele fosse o candidato, teria um grande apoio da comunidade. Mas, Alex não é candidato e seria até uma falta para com ele mesmo afirmar que a Professora Regina fará melhor na reitoria da UFPA.
A capacidade de gestão, articulação regional, nacional e internacionalmente do Alex, se comparada com a Regina é uma verdadeira cobardia. Ele já deve ter sido advertido do grande erro de escolher a Regina como sua sucessora. O mesmo dia 3 de dezembro ou depois, pagará o ônus da sua decisão.
Aqui acontecem duas coisas: o Reitor colocou a Regina porque ninguém mais preenchia, plenamente, os requisitos de confiança e fidelidade absoluta que erradamente exigia o Alex e não por ser ela a mais competente sucessora. Ou pode ser o que não está longe da realidade é o terror de disputar um espaço com uma figura como Maneschy que se projeta como uma grande liderança.
O Alex quer evitar a qualquer custo ser o responsável dessa transição histórica do poder na UFPA que o dia 3 de dezembro pode acontecer. Claro se sua candidata é derrotada.
Aí é que o gato sobe no telhado do Alex. Se Maneschy ganha esse pleito, como Reitor terá uma projeção enorme, com o grande carisma que ele tem, com sua atitude aberta e flexível para tratar os assuntos onde as decisões são colegiadas, pode ser sem dúvida uma liderança regional emergente para o Estado do Pará e para a Amazônia. Estado tão pobre de lideranças Maneschy viria ao encontro dessa expectativa de renovação de lideranças. Eles dois se encontrariam lá na frente, disputando um espaço comum.
Vistas assim as coisas o que está em discussão é se Alex Fiúza de Mello, terá capacidade de repassar o poder para alguém do seu grupo – Regina/Licurgo ou na UFPA assume o poder esse novo grupo, formado por muitos novos acadêmicos e outros que foram até da equipe do Alex ou de reitores anteriores. Só que seguramente aquele “núcleo duro” não deverá ser o novo núcleo que acompanhará a Maneschy.
Se for assim, e Maneschy resulta vencedor nesta eleição, seria uma festa da democracia, como sempre acontece quando um grupo que se passa 20 anos no poder sai derrotado, dando passo a uma nova geração que trás como proposta uma renovação não apenas de programas e sim de estilo de liderança e de estratégia para o futuro. E não existe dúvida que nesse campo Maneschy é a alternativa correta para fazer mais e melhor na UFPA.
HAVERÁ MESMO UMA MUDANÇA HISTÓRICA NO PODER DA UFPA?
Acredito que nunca antes tinha acontecido um processo tão disputado em debates e confrontos.
Embora, ninguém falou ainda em pesquisa, todas as que circulam são apenas para uso interno das campanhas. Entre tanto, consulte os diversos blogs que neles encontrará resultados de pesquisas já realizadas pelas equipes de campanha dos quatro candidatos.
Permita-me discordar destas colocações. As pessoas podem gostar ou não do Alex, mas que ele tem carisma e inteligência, isso ele tem. Maneschy é uma figura simpática, aquele bom sujeito que todo mundo gosta de ter como amigo. Confesso sem reservas que gosto muito dele, sempre é uma festa encontrá-lo. No entanto, isto não é o suficiente para fazer um reitor. Falta a ele aquela capacidade de articulação mental rápida, o argumento incisivo, a capacidade de convencer. Confesso que me decepcionei com o desempenho dele nos debates. O jeito como ele deixou o pobre do seu vice na fogueira quando bombardeado por Ishak foi imperdoável. Aliás a gente só perdoa porque sabe que ele não faz por mal. Também falta a ele articulação política. É evidente que a tropa que o acompanha é um saco de gatos de tendências políticas, todo mundo embarcando na chance de conseguir a Reitoria. Ele não consegue dar ordem naqueel caos, não consegue definir uam linha de ação que aglutine seus aliados. Em uma palavra, falta liderança. Imaginar então ele como uma liderança regional emergente é puro ufanismo Manechysta.
O anônimo das 19:30 esqueceu que o Alex não é candidato a reitor, esse é o grande erro. Esqueçam do Alex, quem é candidata é uma professora até hoje desconhecida chamada Regina Feio, é pesquisadora na área de odontologia.
Ninguém está restando méritos ao Reitor, ele os têm, já foi reitor por dois mandatos, e agora quer prolongar seu mandato. No seu segundo mandato foi apoiado pelo próprio Maneschy.
Maneschy já foi aprovado pela comunidade universitária, obteve apenas uns 5 votos menos que Alex na eleição.
Não interessa debater aqui sobre a simpatia dos candidatos. Maneschy tem demonstrado nos cargos que desempenhou sua competência, sobre se será bom reitor ou não, isso será um grande desafio do Maneschy. Para isso as pessoas se candidatam.
O anônimo está reconhecendo que o Maneschy reúne uma grande equipe plural de pessoas, ele chama de saco de gatos, acho que é na diversidade onde está a força da liderança do Maneschy. Regina é extremamente uniforme, básica, só faz feijão com arroz. Maneschy Já deu mostras de uma grande capacidade de articulação ao escolher seus colaboradores que sob sua condução trabalharão pela universidade, nesta nova fase que estará começando em 2009.
Por que criticar aos que apóiam ao Maneschy e querem trabalhar na reitoria, ruim seria que não gostassem o que estão fazendo. A equipe da Regina não está interessada em ocupar um cargo? Se for assim, melhor não votar neles.
Licurgo já foi da chapa de Maneschy na primeira eleição. Neste pleito, antes de ser indicado vice pelo Alex, já era candidato a Reitor. Se o anônimo gosta do Maneschy e muito, vote nele que não se arrependerá.
Maneschy foi bom nos debates e Regina muito ruim, mal mesmo. Maneschy está se preparando para a reitoria desde a primeira eleição, 2001. Conhece a universidade, exerceu diversos cargos, todos de peso. O próprio Alex o indicou para apoiá-lo da diretoria de pesquisa e não se arrependeu. Como eu gosto de mudanças, quero essa universidade com idéias novas, propostas que integrem os campi do interior, que tenha clareza com a interação da UFPA com os setores da economia do estado. Etc.
Meu caro anônimo deixo vc com um depoimento de quem disse conhecer Regina, a mim não me consta.
“Conheço Regina nos intra e extra muros da UFPA, e estou absolutamente convencido que não tem capacidade de ser reitora de uma instituição como a UFPA. Sua candidatura desceu goela abaixo de algumas pessoas que viam na figura de Licurgo o Sucessor !!! Tanto é que o mesmo se lançou em um café da manhã !!!
É muito claro a interrelação político partidária na figura da Regina; no entanto há uma correlação política na ala de Maneschy que tem travado esse avanço.....tanto é que Alex não prestigiou Ana Júlia na entrega de projetos da fapespa !!!
Sinto Maneschy mais preparado para exercer esse importante cargo; no entanto Alex trouxe para o lado pessoal e não abre mão de ver Regina Reitora
Todos sabem que Além de um projeto político dele, há relações claras com o Cesupa que permeiam a manutenção do poder na UFPA !!!
Podem apostar dia 03 o "poder" mudará de mãos na UFPA”
Caro anônimo das 23:03.
Concordo que Alex não é candidato, apenas estranho que os Manechystas lembram do Alex para atirar pedras na chapa da Regina e querem que o esqueçamos na hora de falar de suas realizações. Me referi a ele porque esta foi a tônica da mensagem anterior. Vamos ser coerentes: se é para discutir a sucessão, tiremos o Alex da história, mas tiremos para o bem ou para o mal. Acabei de chegar do debate no NPI onde vi confirmada mais uma vez o que eu já percebia: as colocações de Maneschy são absolutamente vagas, sem nunca dizer como fará. Questionado sobre informações a respeito do funcionamento da UFPA ele desvia da conversa e constrangido houve um coro de vozes gritando "Não sabe!" Poxa, ele está em campanha faz um ano! Ocupou cargos na Reitoria. Como pode alegar desconhecer e dizer coisas como "Após eleito terei 7 meses para aprender como a UFPA funciona"? Entendes, ele passa simpatia, mas não passa segurança. Ser reitor é mais que dar um tapinha nas costas e sorrir. Não gostas do termo "saco de gatos" mas admites que o apoio é "plural", outra forma de dizer o mesmo. Também não te vejo questionar a falta de rumo que mencionei. Ser plural é bom mas só se haver objetivo e coerência e o objetivo deve ser mais do que apenas vencer.
Volto a dizer, tenho o Maneschy em grande consideração enquanto pessoa, mas para ser reitor lhe falta estofo.
Com relação ao comentário que terceiros que anexas, te digo que não faz sentido porque é de gente envolvida na campanha e portanto longe de estar isenta.
Grande abraço.
É uma pena que tenha tanta baixaria aqui...
Caro anônimo das 12:31, também estive no debate e achei Maneschy muitíssimo melhor do que o Licurgo. Se tivesse estado a Regina Tb tivesse se saído melhor.
Tua afirmação: "as colocações de Maneschy são absolutamente vagas, sem nunca dizer como fará". Entra no site do Maneschy e confira uma a uma as propostas do Magnífico como foi chamado hoje.
Lembra que Lula ganhou a eleição sem ter nem programa definido, foi construído aos poucos o grande objetivo dele foi, no começo, construir uma espécie de socialismo, expulsar o FMI e assim por diante, hoje é um grande estratego das alianças dos partidos de centro direita, onde o PT é o coadjuvante.
Alex foi muito inteligente em toda essa campanha. Quando disse que sujava até sua biografia, para impedir que Maneschy fosse eleito, estava certo. Levou a lama para seu campo e diminuiu os ataques à Regina. Isso pode até ter dado alguns votos para essa cristã, só que ele deu mostras de não ter palavra. Por isso é que tudo mundo critica o Alex e não Regina. Fez o papel dele mesmo, um Lula em pequeno para prolongar seu mandato.
Lamento tb que tu não compreendestes qual é o problema de fundo, não são nem os programas ou propostas do Maneschy, Regina, Ana ou Ricardo. O problema é a mudança de poder, isso é democracia. Até quem não é do PT gostou da mudança do governo do Estado, novas pessoas, novas idéias e muitas coisas pela frente. Assim será na UFPA.
Já disse o Maneschy é uma grande liderança, tem reunido um grupo expressivo de apoios políticos, sem ser militante de partido algum (renunciou ao PPS, para ser candidato a Reitor), nem petista é e tem apoio do PT, menos neo petista como Alex que hoje esta travestido de petista.
Até amanhã que me cansei mesmo de escrever só para te convencer, teu voto já é certo. Maneschy na cabeça!
É uma pena que tenha tanta baixaria aqui...
2 de Dezembro de 2008 14:40
Esse rapaz das 14:40 não consegue nem ler. Achei estas postagens muito decentes e de alto nível, de lado a lado. Achei que todos estavam muito bem. Parabéns a eles!!!!
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