Mauro Cesar Lisboa Santos (à esq.): factoide pavimenta golpismo. |
Ganha espaço na crônica esportiva,
espraiando-se para as colunas nobres de nossos principais jornais, as
articulações visando entregar o comando do Clube do Remo a Mauro
César Lisboa Santos,
o advogado originariamente obscuro, que jamais se notabilizou pelo saber
jurídico, mas prosperou materialmente ao colocar-se a serviço da tucanalha, a banda podre do PSDB, a qual
dedica-se servilmente, ao som do tilintar das 30 moedas que tornam princípios e
escrúpulos utensílios de museu. Ele ganhou visibilidade pública como
administrador judicial da Celpa, as Centrais Elétricas do Pará S/A, quando teve
uma atuação controvertida, questionada inclusive pelo MPE, o Ministério Público
Estadual, que o acusou de cometer ato abusivo e ilegal. Mas para consumo
externo, vende-se ao distinto público a ideia de que se trata de um Midas
tupiniquim, capaz de sanear as contas do Leão Azul. O factoide, que alimenta um
inocultável golpismo consentido, revela-se como tal, diga-se, pela própria
postura de Santos, ao condicionar a um consenso, entre dirigentes e sócios, sua
eventual aquiescência em assumir o comando do Clube do Remo, na postura
própria de quem se confere uma importância que está longe de ter. Na verdade,
segundo sugerem as circunstâncias e seu arrivismo, ele parece mirar no Clube do
Remo como um atalho capaz de catapultá-lo para o proscênio da política
paraense. Em realidade, como administrador judicial da Celpa, “doutor” Mauro notabilizou-se
pela avidez em saquear o erário. Ele embolsou R$
20 milhões a título de honorários como advogado do caso Celpa, mesmo sendo
administrador judicial da empresa, função pela qual usufruía R$ 60 mil mensais.
Detalhe sórdido: Mauro César Lisboa Santos recebeu os R$ 20 milhões através da pessoa
jurídica Santos & Santos Advogados Associados S/S, da qual é sócio
majoritário. O que remete à suspeita de que a artimanha tenha servido para driblar o Fisco.
Toda essa
lambança levou o promotor de Justiça Sávio Rui Brabo de
Araújo, da Promotoria de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social,
Falência, Judicial e Extrajudicial, a solicitar a substituição de Mauro
César Lisboa Santos do cargo de administrador judicial da Celpa, por não
prestar os serviços para os quais fora contratado. Em bom português, a pretexto
de sanear a Celpa, o advogado estava mais preocupado com seu saldo bancário, em
detrimento dos investimentos capazes de tornar a empresa viável. A Celpa,
convém lembrar, foi vendida por R$ 1,00 – um real! –, depois de entrar em
colapso, após ser privatizada pelo ex-governador tucano Almir Gabriel, às
vésperas da sucessão estadual de 1998. Sobre o destino dos recursos obtidos com
a privatização, ocorrida abaixo dos preços de mercado, segundo a versão
corrente, suspeita-se que tenham servido para viabilizar a reeleição de Almir
Gabriel, na primeira e única derrota eleitoral do senador Jader Barbalho, o
morubixaba do PMDB no Pará, em uma vitória do PSDB obtida na esteira do poder
econômico e da deslavada utilização da máquina administrativa estadual.
Barbalho, cabe recordar, foi quem tornou Almir Gabriel prefeito biônico de
Belém, em 1983, e depois o fez senador, em 1986, valendo-se, tal qual faria
posteriormente seu ex-afilhado político, da máquina administrativa estadual,
que também serviu para eleger governador o então senador Hélio Gueiros.
Um comentário :
COITADO DO LEÃO AZULINO...
MAIS UM FDP PARA SAQUEÁ-LO!!!
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