ALEPA – O Liberal e os factóides de Mônica

A parceria de Mônica Alexandra da Costa Pinto (foto), a ex-chefe da Seção da Folha de Pagamento da Alepa, com O Liberal produziu um novo capítulo neste último domingo, 24. A revelação da ex-chefe da Seção da Folha de Pagamento, segundo a qual a Alepa abrigou cerca de 300 servidores fantasmas durante a gestão de Domingos Juvenil como presidente da Casa, serviu de manchete para o principal jornal do grupo de comunicação da família Maiorana. O Liberal, assim, renovou sua artilharia contra Juvenil, embora mirando no patrono político do ex-deputado, Jader Barbalho. Mônica Alexandra da Costa Pinto, aparentemente, cumpriu a estratégia traçada por seu advogado, que a fez eleger o principal jornal dos Maiorana como veículo para disseminar, em doses homeopáticas e de acordo com as conveniências das partes no acordo, sua versão sobre as falcatruas das quais participou e cujo ônus pessoal tratou de minimizar, valendo-se do benefício da delação premiada. As revelações, assim, não derivam da investigação jornalística, mas da conjugação de conveniências frequentemente à margem do sincero empenho em buscar a verdade da forma mais profunda quanto seja possível alcançá-la.

As motivações espúrias, da parceria entre os Maiorana e Mônica Alexandra da Costa Pinto evidencia-se, por exemplo, quando a jovem senhora, notória alpinista social, deixa emergir, sem dissimulações, aquela empáfia própria dos deslumbrados, ao pretender tornar palatável o desrespeito ao redutor constitucional. Nesse capítulo, ela ofende a inteligência dos leitores do jornal, sem ser questionada. Acatar, sem reparos, essa balela, soou revelador. A atmosfera de compadrio é tão inocultável que o jornal abriu espaço para a vingança pessoal de Mônica Alexandra da Costa Pinto, quando ela investe contra o ex-deputado do PTB José Robson do Nascimento, o Robgol, em cuja residência foram apreendidos RS 500 mil em espécie e o equivalente a R$ 40 mil em vale-refeição. Como não se encontra virgem em prostíbulo, soa a escárnio imaginar que outros tantos parlamentares e ex-parlamentares não se locupletem de forma ilícita, tal qual Robgol. Afinal, se até ele, que foi um opaco deputado, ainda usufrui da tramóia da qual se beneficia, o que dizer das cobras criadas, cuja audácia é capaz de fazê-los mamar em onça?

Seja como for, ainda que em passant, O Liberal pelo menos já admite que as tramóias na Alepa não ficam restritas ao período de Domingos Juvenil como presidente, ainda que na época tenham sido levadas ao paroxismo. Mas recalcitra em nominar o senador Mário Couto, mesmo quando Mônica Alexandra da Costa Pinto declara que as falcatruas patrocinadas por Domingos Juvenil precedem a gestão do ex-parlamentar peemedebista como presidente da Casa.