ALEPA – Os estranhos critérios da procuradora

Aparentemente são absurdamente desiguais os parâmetros de Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, a Naná, procuradora da Alepa, na sua relação com a mídia. Nas ações que move contra mim, ela toma como insulto ter sido etiquetada – em comentários anônimos, cabe acentuar – de “plastificada” e “siliconada” e de ter sido alvo de uma fotomontagem na qual foi caracterizada como Madame Min, a bruxa das histórias de quadrinho infantis. Mas revelou-se incapaz de mover uma palha, sequer, contra O Liberal, o principal jornal do grupo de comunicação da família Maiorana, que noticiou, em tom de inocultável escárnio, o barraco que protagonizou com o ex-marido, o colunista social Walter Guimarães, em pleno Palácio Cabanagem, na esteira da partilha dos bens do casal, a quando da traumática separação dos dois. A baixaria protagonizada por Naná e Walter Guimarães foi noticiada pelo Repórter 70, a prestigiada coluna de O Liberal, que inclusive nominou os personagens do patético episódio.

Maria de Nazaré Rodrigues Nogueira, a Naná, recorde-se, é enfant gaté dos peemedebistas e tem livre acesso ao deputado tucano Manoel Pineiro, atual presidente da Alepa. Ela presidiu a comissão de licitações do Palácio Cabanagem, durante os quatro anos da administração do ex-deputado peemedebista Domingos Juvenil como presidente da Casa. Na gestão do ex-bicheiro e hoje senador tucano Mário Couto, como presidente da Assembléia Legislativa, ela comandou o setor de convênios e também fez parte, mas não como presidente, da comissão de licitações, que presidiria na administração Domingos Juvenil. Na gestão deste, ela também integrou a comissão encarregada de elaborar a proposta do novo Plano de Cargos e Salários da Alepa, cujas propostas iniciais foram etiquetadas de "imorais e ilegais" e cujo resultado final é desconhecido. Além disso sabe-se, apenas, que cada integrante da comissão embolsou uma gratificação de 100% da remuneração base, durante pelo menos um ano.