Pela soma do talento com a sensibilidade, que preserva a irreverência própria da arte dos cartuns, o blog reproduz o cartum de Atorres que ilustrou a primeira página do Diário do Pará, em uma das mais expressivas homenagens póstumas a Hélio Gueiros, o Papudinho, o apelido carinhoso, em alusão a suas predileções etílicas. Nada mais compatível com a personalidade de Gueiros que a irreverência do cartum com o qual foi homenageado o ex-governador e ex-prefeito de Belém, que foi também senador, deputado federal e deputado estadual, além de ter sido ainda jornalista.
Atorres vem a ser o jornalista Arnaldo Torres, com 22 anos de profissão, dos quais 15 deles como editor de arte, além de chargista, do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado. O Diário do Pará é, hoje, o jornal de maior circulação no Estado. Uma conquista para a qual foi responsável não só Jader Filho, presidente do grupo de comunicação dos Barbalho, mas também um contingente de excelentes profissionais. Dentre os quais figuram com destaque Guilherme Barra, o mestre Barra, ex-editor geral do jornal, e o próprio Atorres.
Mestre Barra, aliás, merece um capítulo à parte, na ascensão do Diário do Pará. O que só bem depois flagrou o IVC, o Instituto Verificador de Circulação, Barra bem antes antecipava. Intramuros, ele revelava ter a convicção pétrea de que os Maiorana fraudavam os números que sinalizavam para a suposta liderança de O Liberal. A suspeita não se assentava em nenhuma mera intuição. Um profissional de competência, probidade e experiência reconhecidas, Barra tem intimidade não só com o ritmo das redações, mas também com o processo industrial. Daí as projeções que sustentavam suas suspeitas, posteriormente confirmadas, via IVC.
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