Outro traço marcante de Hélio Gueiros foi a simplicidade, mesmo quando no exercício do poder. O que eu tive a oportunidade de testemunhar, ao interferir em defesa de um colega de profissão, Gerson Nogueira (foto), atual redator-chefe do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família Barbalho.
Como eu também repórter de O Liberal, na época, Gerson passara os quatro anos do primeiro mandato de Jader Barbalho como governador prestando serviços ao Iterpa, o Instituto de Terras do Pará, na gestão de Fernando Velasco. De origem humilde e procedente do interior, Nogueira dependia do reforço que significava o dinheiro ganho com seus serviços prestados. Por razões desconhecidas, o novo presidente do instituto, salvo engano Walcyr Monteiro, não só descartara a colaboração de Gerson Nogueira, como supostamente recalcitrava em agilizar o pagamento do que era devido ao jornalista.
Ao ser indagado se teria como ajudá-lo, disse a Gerson Nogueira que, por na época estar cobrindo o Palácio Lauro Sodré, poderia abordar o próprio governador, ainda que não tivesse nenhuma intimidade com Hélio Gueiros. No dia seguinte, aproveitando um breve contato com o governador, pedi sua interferência, para agilizar o pagamento a Gerson Nogueira. De bate-pronto ele pediu papel e caneta ao ajudante de ordens, anotou o nome e o órgão, assegurando-me que logo, logo, o problema seria resolvido. Tal qual ocorreu. “Se a gente pode resolver logo, para que adiar, não é, mesmo?”, observou, quando tratei de agradecer-lhe a interferência.
3 comentários :
Barata, tu és a memória viva do jornalismo e da política paraoara.
Parabéns!!!
Uma ressalva, o correto é Iterpa.
Memoria de elefante, égua!
Quem e canceirano tem uma memoria tal como ele; mas ele e libra. beijo Baratão
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