Por isso o simulacro de comissão de sindicância patrocinado pelo novo presidente da Alepa, o deputado tucano Manoel Pioneiro, soa a escárnio. Suas conclusões ofendem a inteligência e agridem o decoro. As históricas mazelas da Alepa, sugeridas pelos indícios de uma falcatrua sistêmica, são tratadas, nas conclusões do simulacro de comissão de sindicância, como ilícitos fortuitos, nos quais incorreu Mônica Alexandra da Costa Pinto. Nada mais emblemático da farsa da qual resultou sua constituição que a comissão carregar consigo um vício de origem, capaz de a priori torná-la inócua, por ser legalmente impedida de ouvir Mônica Alexandra da Costa Pinto, a ex-chefe da Seção da Folha de Pagamento da Assembléia Legislativa. Como não faz parte do quadro de servidores de carreira da Alepa, na qual apenas ocupou um cargo comissionado, Mônica Alexandra da Costa Pinto desconheceu solenemente o convite da comissão, tal qual era previsto.
Não por acaso, na esteira das patéticas conclusões do simulacro de comissão de sindicância, circula a versão segundo a qual deverá substituir o ex-deputado estadual tucano Ítalo Mácola, como secretário legislativo, Geraldo Rocha Cavaleiro de Macedo Pereira Filho, servidor de carreira da Alepa, lotado na Assessoria Técnica. Convém recordar que coube a Geraldo Rocha Cavaleiro de Macedo Pereira Filho presidir o simulacro de comissão de sindicância. O que alimenta a ilação de acordo com a qual sua nomeação para um cargo de relevo, como é o de secretário legislativo, não deriva de seus eventuais méritos. Sua ascensão resultaria, em verdade, da contrapartida por se sujeitar a macular sua credibilidade profissional ao coonestar a farsa patrocinada por Pioneiro. Na versão que varre os bastidores do Palácio Cabanagem, a nomeação de Geraldo Rocha Cavaleiro de Macedo Pereira Filho depende de Pioneiro conseguir, junto ao governador tucano Simão Jatene, que Mácola – ex-deputado estadual pelo PSDB, que não obteve a reeleição em 2010 – seja pinçado para algum cargo de relevo do Executivo.
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