No confronto com Jader Barbalho, nas eleições de 1990, Hélio Gueiros reprisou a virulência com a qual investiu em 1982 contra Romulo Maiorana (foto), também remanescente do baratismo e casado com dona Déa Maiorana, sobrinha do ex-governador Magalhães Barata. No caso do patriarca dos Maiorana, Gueiros foi particularmente repulsivo e covarde, ao estender suas diatribes a dona Déa, mulher de Romulo Maiorana. Impiedoso, ele revolveu passagens constrangedoras do passado do casal, a despeito dos laços de amizade que o atavam, até então, a Romulo Maiorana. Com o ex-vice-governador Newton Miranda, Gueiros foi um dos redatores do Repórter 70, a ilustre coluna de O Liberal. Romulo, com sua verve e um estilo cirúrgico, escrevia o Em poucas linhas. A parte superior da coluna, com notícias e/ou comentários mais longos, ficava por conta de Newton Miranda e Gueiros. A eles Romulo Maiorana etiquetava de cardeais da coluna.
Nessa passagem da história recente do Pará, aguarda-se por um esclarecimento sobre o porquê de Gueiros levar sua virulência ao paroxismo. A ser verdade o que ele próprio relatou, em uma rodada etílica na Romanza, o sítio no qual Romulo costumava receber os amigos aos sábados, para almoços pantagruélicos, o patriarca dos Maiorana manifestara sua determinação em apoiar financeiramente, por debaixo dos panos, a Jader Barbalho e Hélio Gueiros, apesar de ser compelido a publicamente dar apoio a Oziel Carneiro e Jarbas Passarinhos, respectivamente, candidatos ao governo e ao Senado pelo PDS, o Partido Democrático Social, sucedâneo da Arena, a Aliança Renovadora Nacional, como legenda de sustentação parlamentar do regime militar. A versão não pode ser menosprezada, porque acender uma vela a Deus e outra ao diabo, embora habitualmente não se saiba quem é quem nos embates eleitorais, é prática corrente entre os empresários.
Se assim foi, o porquê de Gueiros se insurgir, tal como ocorreu, contra Maiorana? Esta é a pergunta que não quer calar, até hoje.
Um comentário :
O Hélio Gueiros era igualzinho a todos os políticos. Não é porque ele morreu que tu vais querer beatificá-lo. Nem que que quisesses: Ele era evangélico.
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