JATENE – De Hildegardo a Lamarão

Na cota que coube ao PMDB, no loteamento político do novo governo, figura o ex-vice-governador Hildegardo Nunes (foto), engenheiro agrônomo, que é o novo secretário de Agricultura, cargo que ocupou no primeiro mandato do ex-governador Almir Gabriel, de 1995 a 1998. Filho do ex-governador Alacid Nunes, o novo secretário estadual de Agricultura é reconhecido como um locutor afável e confiável. Ele costuma ser descrito como um administrador aberto ao diálogo, mas firme em suas decisões.
Para o Iterpa, o Instituto de Terras do Pará, foi ungido o advogado Carlos Lamarão, de competência e probidade inquestionáveis, porém tido e havido como patologicamente vaidoso e incorrigivelmente indolente. Ele é catalogado como uma das escolhas pessoais de Simão Jatene. Em seu indisfarçável cabotinismo, foi incorporado ao folclore político do Pará a veleidade de Carlos Lamarão em conseguir eleger-se vereador de Belém, em um surto de vaidade deflagrado por um suposto convite do ex-senador Ademir Andrade, do PSB, o Partido Socialista Brasileiro. Especialista em questões agrárias, quando foi jurado de morte, em ameaças anônimas, ganhou proteção policial, juntamente com o advogado Ronaldo Barata, já falecido e que foi outro expert na matéria. Na ocasião, Lamarão exibiu a extensão do seu ego. Testemunhas contam que ele ficava em êxtase em freqüentar lugares públicos, como restaurantes, por exemplo, sob escolta policial. Tão exacerbado cabotinismo ficou evidenciado pela simplicidade de Ronaldo Barata, que tratou, logo, de dispensar a proteção policial, para não ver esfarinhada sua privacidade.