sexta-feira, 12 de março de 2010

TRACUATEUA – A (grave) denúncia do internauta

Merece destaque, e sobretudo reflexão, o questionamento, e a grave denúncia que ele embute, de um internauta, que se identifica como Ozéias Araújo, sobre o quebra-quebra em Tracuateua. E mais especificamente sobre as mortes ocorridas, uma das quais provocou a ira popular e duas outras que decorreram da explosão de revolta da população, descritas como execuções sumárias.

“Barata essa semana aconteceu um mais um fato triste no cenário paraense,que foi a queimar da delegacia do município de traquateua....mais oq tem me intrigado nisso tudo, e o fato de ninguém comentar sobre as mortes de tres pessoas, na ocasião do ocorrido,uma das mortes incclusive foi o motivo para tanta revolta da população, e as outras duas pessoas que faziam parte do grupo de manifestastes formam sumariamente assassinadas na frente da delegacia...mais mesmo assim ninguém fala nada...nem a mídia muito menos as autoridades...so vejo os jornais lamentando a perda do patrimônio público, fico a me perguntar e vida das pessoas que se foram e a dor das familias e menos importante que o prédio da delegacia..???????????”

3 comentários :

làm duoc digamet disse...

ASSOCIAÇÃO EM DEFESA DOS DIREITOS DOS MILITARES DO PARÁ - ADDMIPA.
Ofício n º 037/08 - ADDMIPA.
Ao excelentíssimo Senhor Procurador Geral de Justiça do Estado do Pará.
OBJETO: Notícia de ilegalidade (falta de policiamento nos municípios do interior do Estado do Pará).

Senhor Procurador Geral,
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No dia de ontem, 22 de outubro de 2008, representantes da Associação dos Magistrados (AMEPA), Associação do Ministério Público (AMPEP) e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-Pa) se reuniram com a Governadora do Estado e o Secretário de Segurança Pública para cobrar medidas que restabeleçam a segurança dos Fóruns das Cidades do Interior do Estado do Pará. Citaram, para exemplificar, como situações de risco, os fatos ocorridos recentemente nos municípios de Viseu, Tomé-Açú, Novo Progresso, São Miguel do Guamá, Jacundá e Rondom do Pará.

Ora, parece estranho que a aludida “reivindicação” tenha por objeto apenas os fóruns das cidades interioranas, como se a população que habitam nessas cidades fossem de somenos importância. Por outro lado, por imposição constitucional e da Lei Complementar nº 53, de 07 de fevereiro de 2006, que criou a nova Estrutura Organizacional da PMPA, não compete à Polícia Militar do Pará fazer a guarda dos prédios que abrigam os fóruns e promotorias de justiça; nem dos seus ilustres membros. Sem contar que a preocupação restrita com a segurança apenas dos fóruns dos interiores constitui um ato egoísta que não se apruma com o espírito público de quem ocupa os relevantes cargos no MP e Justiça Estadual.

Por outro lado, se a Administração Pública Estadual tem pecado no que diz respeito à política de segurança pública nos municípios do interior do Estado, compete ao Ministério Público fiscalizar e adotar as medidas judiciais cabíveis a cada caso concreto, não apenas para resguardar prédios e agentes públicos que naqueles locais exerçam as suas atividades profissionais, mas à população em geral, que é a grande recipiendária desses serviços.

Vejamos o caso do diligente Promotor de Justiça do município de Oeiras do Pará, José Eduardo Falesi. O ilustre membro do Parquet interpôs ação judicial para que fosse aumentado o efetivo policial daquela cidade, que contava – como a maioria das cidades interioranas – com um ínfimo numero de agentes de segurança pública.
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Ao revés

làm duoc digamet disse...

Ao revés – enquanto os nossos irmãos interioranos padecem com o abandono do Poder Público no campo da Segurança -, centenas (quiçá milhares) de policiais militares são deslocados de suas funções legais para atividades que em nada se aproximam da preservação da Ordem Pública. Esse fato já foi comunicado à V.Exª, Governadora do Estado, Secretário de Segurança Pública e, até o momento, nada foi feito para corrigir esse desvio de finalidade da coisa pública, que podemos, por questões conceituais, chamar de corrupção.

Assim, temos PMs tomando conta dos prédios do MP e Justiça da Capital como verdadeiros porteiros (até da garagem do MP), o que, tecnicamente, caracteriza serviço privado de segurança; atuando no Clube dos Oficiais da PM, Estação das Docas, Associações de Classe, Shopings Centers, órgãos e autoridades públicas diversas, como se a Polícia fosse uma panacéia para todos os problemas da Administração Pública Estadual, gerando um insofismável prejuízo aos verdadeiros clientes do Estado: o POVO.

Por essas e outras razões é que solicita à.VExª:

1 – Providências contra os desvios de função de policiais militares do Estado do Pará;
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2 – Providências contra a absurda falta de PMs nos interiores do Estado, levando em consideração o contingente populacional e as peculiaridades de cada município;
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3 – Providências quanto às condições de realização da atividade policial nas cidades do interior do Estado, principalmente no que atine à manutenção material dos agentes de segurança, tais como: alimentação, aluguel do prédio, fornecimento de gasolina, viaturas e outros bens necessários ao bom desempenho da atividade policial nessas localidades.

Qualquer informação poderá ser encaminhada para a Trav. Mauriti, 1373 (Pedreira) ou pelos telefones 00000000000000000, ou para o e-mail: w_wolgrand@hotmail.com
Atenciosamente.
Belém, 23 de outubro de 2008.

WALBER WOLGRAND MENEZES MARQUES
Presidente da ADDMIPA

làm duoc digamet disse...

O que aconteceu em Tracuateua é a reedição do que ocorreu em outros municípíos paraenses. O Governo e o MP nada fazem para evitar esse tipo de ocorrência. Contam com a pouca memória da população. Somente recorrendo ao Conselho Nacional do MP para fazer esse órgão criar vergonha na cara.

Um abraço do Major Wolgrand