O diretor geral do Detran, Alberto Campos (foto), e a diretora Administrativa e Financeira da autarquia, Maria Denise da Silveira, recorde-se, são pastores da Igreja do Evangelho Quadrangular. Uma igreja que, a exemplo de tantas outras do mesmo gênero, serve para pavimentar, pelos atalhos da lei, a prosperidade de um magote de privilegiados, que exploram a fé dos humildes e usam levianamente o nome de Deus como álibi para suas marmotas.Para beneficiar a diretora Administrativa e Financeira e colega da Igreja do Evangelho Quadrangular, Campos foi flagrado mandando eliminar, na contramão do que determina a lei, uma infração gravíssima cometida por Maria Denise da Silveira, permitindo a esta, assim, obter a carteira nacional de habilitação. A tramóia foi revelada, com provas, por este blog e dela resultou Alberto Campos ser denunciado, por improbidade administrativa, ao Ministério Público do Pará.
Qualquer tentativa de diálogo dos servidores do Detran com Alberto Campos e Maria Denise da Silveira ficou comprometido depois que o diretor geral, a pretexto de um processo administrativo disciplinas, determinou o afastamento dos seus cargos de sete servidores, identificado como líderes da paralisação que imobilizou a autarquia. A retaliação provocou a indignação de expressiva parcela dos servidores do Detran, deixando Campos e sua claque em uma situação absolutamente insustentável.
4 comentários :
Este ai está sendo um dos coveiros da reeleição de Ana Julia ...
De nada adiantou a bravata do diretor geral do Detran, de que ele não via nenhuma no contrato milionário, sem licitação com OSCIP paulista, por isto não ia anula-lo.Faltou com a verdade.O blog Servidores do Detran, mostra portaria assinada por ele que resulta na anulação.Portaria de n.420/2010, assinada no dia 18/03/2010 e publicada no Diário Oficial na edição 31.628, do 19/03/2010.Uma das justificativas baseia-se nos incisos XII e XVII, da lei 8.666/93.Um primor de confissão.
Ana Júlia anula contrato milionário feito sem licitação
O governo do Pará mandou sustar o contrato de R$ 106,7 milhões, entre o Departamento de Trânsito do estado e a organização social de interesse público (Oscip) Conselho Nacional de Defesa Ambiental (CNDA). A CNDA foi contratada sem licitação para ações ambientais para a prestação de fiscalização da emissão de gases veiculares no estado. A denúncia foi publicada com exclusividade pelo Correio na última terça-feira.
Na véspera da publicação, a resposta oficial do gabinete da governadora tinha sido a de que caberia ao Detran se pronunciar sobre o caso. Ontem, porém, em nota oficial, a governadora afirma que, "tâo logo tomou conhecimento do teor da reportagem determinou rigorosa apuração dos fatos e anulação do convênio visando resguardar os princípios da boa administração pública". Na nota, o governo afirma seu "profundo respeito e rigoroso cumprimento de todas as normas legais referentes à administração pública, bem como agradece o papel fiscalizador exercido pelos meios de comunicação que evitaram que eventual irregularidade fosse motivo de lesão aos cofres públicos".
A determinação da governadora vem em tempo de evitar que o seu governo acabe respingado por um processo que corre dentro do Ministério Público de São Paulo. Há suspeitas de que o coordenador do comitê de novos projetos da CNDA, Sérgio Carneiro Gatto, é o mesmo citado em uma investigação do Ministério Público paulista sobre crimes contra o sistema financeir, evasão de divisas e a constituição irregular de empresas. Na página 27 do relatório reservado está escrito que "Sérgio Carneiro Gatto possui antecedentes por crimes de apropriação indébita, receptação e falsificação de documento público". Na página anterior, quando os promotores mencionam uma empresa de nome Talgary Investment Services, Gatto aparece como receptador de documentos de Daniel Rojos Filho, que é citado como "brasileiro domiciliado nos Estados Unidos, que forneceria seus documentos e cheques frios para que Sérgio Carneiro Gatto, junto com Paulo Sérgio Romero, aplicasse golpes no Brasil", diz o texto.
No Detran, a ordem da governadora de sustar o contrato com a CNDA foi recebida como uma tentativa de atingir outros objetivos, além , é claro, de zelar pelo interesse público. Entre os servidores, a determinação de Ana Júlia de acalmar os ânimos. O Detran está em greve e há uma guerra aberta entre a direção do departamento e os funcionários. As denúncias não param. A última se refere à contratação de uma empresa de Informática para manutenção dos coletores biométricos (registro digital e ponto) cujos donos têm relação familiar com o chefe da procuradoria do Detran, Carlo Topino. Essa semana, a direção do órgão abriu processo disciplinar contra cinco diretores do Sindicato dos servidores do Departamento, por causa de um vidro quebrado num empurra-empurra entre grevistas e seguranças do diretor, Alberto Campos. O Detran quer ressarcimento do prejuízo causado.
Reportagem publicada hoje na edição impressa do Correio Braziilense
Brasília, 20/03/2010, 00h15
Gostariamos de acresentar no comentário de 23.51, que são os incisos XII e XVII do ar;78 da lei 8.666/93.
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