PERFIL – Rui Marinho, exemplo de superação

Quem conhece a saga dos atletas do Pará, em busca de condições mínimas capazes de lhes permitir transformar sonhos em realidade, não deixou de se emocionar com a reportagem exibida na segunda-feira, 6, pelo Jornal Nacional, da TV Globo, com o paraense Rui Marinho (foto). Filho de família de baixa renda, que vive na faixa da pobreza, ele conseguiu superar as adversidades e a insensibilidade dos patrocinadores, e agora, ao lado de lado de Hugo Parisi, vai disputar o Mundial de Roma nos saltos ornamentais sincronizados.
Até Rui deixar a família em Belém, há um ano e meio atrás, e ir morar em Brasília, não faltaram percalços a superar. Depois de aprender a saltar sobre uma mistura de semente açaí com serragem, ele viu seus horizontes ampliados ao fazer parte da equipe de saltos ornamentais da Adesef, a Associação dos Docentes da Escola Superior de Educação Física, toda ela formada por jovens atletas originários de famílias de baixa renda. O patrocínio do Basa, o Banco da Amazônia, abriu novas perspectivas para Rui e outros tantos jovens pobres como ele. Mas os sonhos foram esfarinhados quando o Basa retirou seu patrocínio da equipe de saltos ornamentais da Adesef.