Não
apenas os resultados abissalmente discrepantes, em sondagens com o mesmo
objeto, comprometem a credibilidade das pesquisas de intenção de voto no Pará.
A origem e os valores dos recursos declarados, para viabilizá-las, evidenciam
uma falta de transparência que compromete a credibilidade das pesquisas.
Este
é o caso, por exemplo, das pesquisas do Instituto IVeiga, supostamente realizadas
com recursos próprios, a custos incompatíveis com os preços de mercados. Como
se trata de uma empresa incipiente, de fundo de quintal, e sem tradição no
mercado, soa inverossímil que todas as pesquisas feitas, inclusive de alcance
estadual, tenham sido viabilizadas com recursos próprios. Mais inverossímil é o
valor declarado da sondagem de alcance estadual – R$ 15 mil. Para lá de surreal
configura-se também o suposto custo da pesquisa feita na RMB, a Região
Metropolitana de Belém, estimada em R$ 5 mil pela IVeiga.
A
pesquisa de intenção de voto do Instituto Acertar, sobre a sucessão estadual no
Pará e que cobriu todo o Estado, custou cerca de R$ 45 mil e foi bancada por
Ramos Publicidade e Propaganda Ltda. Pesquisa do Ibope encomendada pela TV
Liberal, sobre intenção de voto para governador do Pará, custou exatos R$ 50
mil. Como explicar o milagre da multiplicação protagonizado por Edir Veiga
Siqueira, o dentista com veleidades a cientista político, que comanda o IVeiga,
um servidor e professor de ciência política na UFPA, a Universidade Federal do
Pará?
Surpreende
que o TRE não cobre explicações para saber quem efetivamente bancou, até aqui,
as pesquisas do Instituto IVeiga e qual o custo real delas. E por que Edir
Veiga Siqueira recalcitra em revelar quem foi o contratante. Tantas indagações
sem respostas convincentes, considerada ainda a tumultuada vida pregressa de
Edir Veiga Siqueira, robustece as reservas em relação às sondagens do Instituto
IVeiga. Sobretudo após o fiasco das projeções sobre a disputa pelo governo do
Pará.
Um comentário :
As pesquisas de aluguel desse "cientista das falcatruas" não vão influenciar o eleitor. Ele tem q ser investigado por crime eleitoral.
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