“Qual a razão de
divergências tão abissais entre pesquisas, se elas têm um mesmo alvo e utilizam
metodologias semelhantes, embora diferindo quanto ao número de entrevistados e
municípios pesquisados?” Esta é a pergunta que não quer calar, formulada por um
respeitado profissional do mercado, abrigado no off, para evitar constrangimentos. “Nessa
guerra de números, quem perde é o eleitor que não sabe em quem acreditar”, observa.
“No final, é possível que aqueles com maior cara-de-pau ainda venham dizer que
se aproximaram dos resultados oficiais e que seus levantamentos estavam
corretos. Tem aqueles que procuraram ter referência imediata as pesquisas
publicadas pelo Ibope, chegando a se gabar que se aproximaram dos resultados deste”,
acrescenta.
Esse mesmo profissional,
indagado a respeito, concorda que nenhum dos institutos acima citados – IVeiga,
Doxa Comunicação Integrada, e BMP, a Bureau de
Marketing e Pesquisa – tem capital suficiente para bancar, com recursos
próprios, tantas pesquisas sobre intenção de voto de abrangência estadual. “Esse
tipo de coisa põe em xeque não só as pesquisas, como os profissionais
encarregados de executá-las”, admite o profissional ouvido pelo Blog do
Barata. “É dinheiro demais para empresas
regionais”, acentua, lembrando que, somados, os custos das pesquisas feitas por
IVeiga, Doxa e BMP, supostamente com recursos próprios, chegam a quase R$ 1
milhão. Isso excluído o Alvo, outro instituto de pesquisas do Pará, cujas sondagens,
também supostamente realizadas com recursos próprios, foram impugnadas pela
Justiça Eleitoral.
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