Quando
simula indignação e malsina Jader e os Barbalho, Simão Jatene transmuta-se no
Tartufo tucano, cuja cara não treme, diante de tanto cinismo. Ele foi
catapultado para o proscênio político justamente por Jader Barbalho, do qual
foi secretário de Planejamento no primeiro mandato do morubixaba do PMDB no
Pará, de 15 de março de 1983 a 15 de março de 1987. Jatene aboletou na Seplan,
a Secretaria de Estado de Planejamento, de 1983 a 1985. E posteriormente acompanhou
Jader nas passagens deste pelos ministérios da Reforma Agrária e da Previdência
Social, no mandado do ex-presidente José Sarney. Desde então o estigma de
corrupto já acompanhava Jader, sem que isso pudesse causar qualquer
constrangimento a Jatene.
Jatene
também não se sentiu constrangido, quando costurou o apoio de Jader Barbalho no
segundo turno da sucessão estadual de 2002, no qual venceu, por minguada
diferença de votos, a ex-deputada petista Maria do Carmo Martins. Na época,
setores do PT cristianizaram Elcione Barbalho, a candidata peemedebista ao
Senado, o que pavimentou a eleição, como senador, de Duciomar Costa (PTB), o nefasto
Dudu, apoiado pelo PSDB. Na época, o
apoio de Jader a Maria do Carmo, que poderia ter eleito a candidata petista,
foi repelido por segmentos do PT, liderados pela então senadora Ana Júlia
Carepa.
Fiel
à sua ética de ocasião, em 2010 Jatene passou ao largo dos pudores éticos que
supostamente cultiva, para obter o apoio, no segundo turno, de Jader Barbalho,
que, após ser recorrentemente hostilizado pelos luas pretas da governadora petista, desembarcou do governo de Ana
Júlia Carepa, juntamente com o PMDB. Jader só voltou a ser um execrável
corrupto, para Jatene, depois que o PMDB decidiu apostar na candidatura de
Helder Barbalho a governador.
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