Nada
mais ilustrativo da litigância de má-fé na qual se constitui a ação ajuizada
pela PGE que a proibição do Blog do Barata utilizar a
expressão “silêncio obsequioso”, ao tratar do MPE. A lambança se constitui em
uma sandice digna dos anos de chumbo da ditadura militar que impôs ao Brasil,
de 1964 a 1985, a noite negra do obscurantismo. O mais grave, é que a marmota
teve o aval de um magistrado, ocorrendo em pleno regime democrático, na
contramão dos postulados democráticos.
A
expressão silêncio obsequioso designa,
originalmente, o recesso temporário, na pregação e publicação de textos, solicitado
a eclesiásticos que preguem ou divulguem princípios que estejam na contramão da
doutrina da Igreja Católica. Na linguagem cotidiana, prosaica, a expressão
designa, por analogia, o mutismo de quem nele se abriga para evitar mal-estar ou
retaliações.
É
emblemático da estultícia e da má-fé que permeiam, juntas e misturadas, a
liminar do juiz Luiz Gustavo Viola Cardoso, que envereda pelo subjetivismo tão
caro aos esbirros togados, para impor a Lei
da Mordaça ao Blog do Barata.
Particularmente quando determina que fico proibido de valer-me de “expressões
ofensivas, injuriosas, pejorativas e grotescas dirigidas a instituição
Ministério Público do Estado do Pará e seus órgãos administrativos”. O que
distingue a crítica própria do exercício pleno das liberdades democráticas,
motivadas pelo interesse público, do que o magistrado entende como “expressões
ofensivas, injuriosas, pejorativas e grotescas dirigidas a instituição
Ministério Público do Estado do Pará e seus órgãos administrativos”? É aí, precisamente aí, que o obscuro magistrado pretende manter-me refém de sua pusilanimidade, ficando à vontade para criminalizar a crítica democrática.
Um comentário :
Vale a pena ler de novo
Anônimo Anônimo disse...
vivemos numa ditadura , esse pessoal do judiciário só pensa no bolso , está mas que na hora de irmos as ruas e faze-los sentir medo do povo , salários acima de r$-50.000,00 cinquenta mil reais e assim na pge , mp ,e tje vamos abrir os olhos para isso
1 de novembro de 2014 17:15
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