Como
o cientista político Roberto Corrêa, o sociólogo Américo Canto credita a vitória de Simão Jatene ao
uso escandaloso da máquina administrativa. “Não resta dúvida que a máquina
administrativa foi determinante - tanto a do governo estadual, como dos
governos municipais de Belém e Ananindeua - para a vitória de Jatene,
principalmente na região metropolitana de Belém. A estratégia foi à mesma do
primeiro turno e Jatene só fez ampliar sua votação na região metropolitana. Da
eleição do primeiro turno para o segundo turno, Jatene ampliou sua votação em
100.284 votos, enquanto que Helder teve uma regressão de 12.171 votos. No
primeiro turno Helder obteve 485.090 votos e no segundo turno sua votação caiu
para 472.919. Esse fator foi crucial para o candidato Helder na região
metropolitana”, sublinha o diretor-geral do Instituto Acertar.
Canto
não acredita que a associação ao nome do pai e patrono político, Jader
Barbalho, tenha conspirado contra Helder Barbalho, o candidato derrotado a
governador pelo PMDB. “Talvez a falta de consistência nas denúncias, a
desconstrução, a pecha de mentiroso, tenha sido mais importante, mais forte, do
que o fato de Helder ser filho de Jader Barbalho. Se fosse assim, Helder não
teria sido vitorioso no primeiro turno. Se fosse assim, Ana Julia não teria
sido eleita governadora em 2006, com o apoio de Jader Barbalho, e Jader não
teria os 582.100 votos para senador na região metropolitana, como teve, apesar
de ter sido superado por Flexa Ribeiro, que obteve 624.510 votos”, acentua.
Nenhum comentário :
Postar um comentário