Editora Abril: pichação petista, diante da denúncia da revista Veja. |
Sede
da editora Abril, que amanheceu pichada, na esteira de protesto de petistas
ensandecidos, diante da reportagem de capa da revista Veja. Segundo a revista, o doleiro Alberto Youssef revelou, em
depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, no seu processo
de delação premiada, que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula
tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.
O
protesto, seja qual for, é palatável. Ignominiosa, porque remete ao banditismo,
é a vandalização. Tanto mais se com motivos torpes. O episódio evoca a tentação
totalitária por algumas razões básicas. Primeiro, fazer oposição ao governo é
mérito, não desdouro, e aí cabe lembrar o chiste célebre, segundo o qual
imprensa é oposição; o resto é armazém de secos e molhados. Segundo, jamais
registrei, vindo de petistas, repulsa pelo governo cooptar, via aporte de
recursos públicos, a UNE, a União Nacional dos Estudantes, ou manter, com
patrocínio oficial, blogs chapas-brancas, como o Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim. Terceiro, a
notícia não obedece a calendários eleitorais e sua veiculação não deve estar atrelada
às conveniências deste ou daquele partido..
Ademais,
quem, sinceramente, acredita na inocência de Lula, no escândalo do mensalão, e de Dilma Rousseff, na
rapinagem na Pedrobras? Ofende a inteligência alheia crer que em sucessivos
governos petistas, notabilizados por inaugurar a corrupção sistêmica, seus respectivos
presidentes estivessem alheios à pilhagem ao erário, na escala ocorrida. Para
além do conhecimento de causa de quem coonesta falcatruas, Lula e Dilma
Rousseff dispõe da Abin, a Agência de Inteligência Brasileira, sucedânea do
SNI, o Serviço Nacional de Informações, e herdeira natural do know-how acumulado pelos arapongas a
serviço da ditadura militar.
Dos
mais jovens, releva-se a estultícia, pavimentada pelo desconhecimento
histórico, o que faz deles, pela própria impulsividade da juventude, vulneráveis à truculência dos petralhas. Desconcertante é ver quem combateu o golpe militar de 1964
incorporar a mesma intolerância dos seus algozes, investir contra a democracia,
a pretexto de defendê-la.
Nenhum comentário :
Postar um comentário