Américo Canto, do Acertar: resgate da credibilidade das pesquisas. |
Seja
qual for o desfecho da disputa pelo governo, as eleições deste ano no Pará têm
um inconteste vencedor, que é o Instituto Acertar, de Belém, cuja
inquestionável contribuição à democracia consistiu em resgatar, pelo menos
parcialmente, a credibilidade das pesquisas de intenção de voto. Cacifado pela
sua credibilidade, ao revelar o empate técnico entre Helder Barbalho (PMDB) e
Simão Jatene (PSDB), e sublinhar que configurava-se como uma incógnita a
possibilidade da eleição ser definida ainda no primeiro turno, diante do equilíbrio
na correlação de forças, o Acertar, comandado pelo sociólogo Américo Canto, reconectou o conjunto dos eleitores com a
realidade das ruas.
Não
por acaso, o Ibope voltou atrás de sua projeção de sete dias antes e, em sua
última pesquisa antes das eleições de domingo, 5, corroborou a sondagem do
Acertar e apontou um empate técnico entre Helder Barbalho e Simão Jatene. Em
sua penúltima pesquisa, posta sob suspeita de fraude e veiculada pelo jornal O Liberal a 27 de setembro, o Ibope
trombeteava que Simão Jatene venceria a disputa ainda no primeiro turno, com 45% das intenções de voto, contra 39% de Helder
Barbalho.
A discrepância entre a pesquisa do Acertar e a última
sondagem do Ibope residiu, apenas, na vantagem numérica atribuída a um ou outro
candidato. Pelo Acertar, com a ressalva de que a diferença poderia ser
esfarinhada diante do contingente de indecisos, na ordem de 10,1%, o candidato
tucano ostentava uma vantagem de 1,2%, dentro da margem de erro da pesquisa, de
três pontos percentuais, para mais, ou para menos. Pelo Ibope, Helder
Barbalho somaria 48% dos votos, contra 46% de Simão Jatene, dentro da margem de
erro, de três pontos percentuais, para mais, ou para menos.
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