Há um aspecto revelador da
parca credibilidade da maioria das pesquisas de intenção de voto que
supostamente mensuraram as inclinações do eleitorado do Pará nas eleições deste
ano. IVeiga, Doxa e BMP declaram ter realizado as pesquisas com recursos
próprios, sem que tenham porte para tanto, mesmo a custos significativamente
abaixo dos preços de mercado. “Isso não existe!”, sentencia uma fonte do Blog do Barata, com conhecimento de causa.
Nas eleições deste ano, a
IVeiga desponta como o instituto que mais realizou sondagens sobre intenção de
voto, em um total de 13 pesquisas, supostamente com recursos próprios, a um
custo total de R$ 195 mil. O custo de cada uma das pesquisas foi orçado em R$ 15
mil, valor irrisório para uma sondagem de abrangência estadual, que costuma
oscilar entre R$ 45 mil a R$ 55 mil, a preços de mercado, conforme relatam
profissionais de competência, probidade e experiência reconhecidas, que atuam
no mercado.
A Doxa registrou nove pesquisas, também supostamente feitas com recursos
próprios, cujo custo total foi de R$ 270 mil. O custo médio de cada uma das
sondagens feitas pela Doxa foi de R$ 30 mil, o dobro do custo unitário das
pesquisas do IVeiga.
O BMP, o Bureau de Marketing e Pesquisa,
de Renato Conduru, servidor público estadual e cujo instituto tem como cliente
a Griffo, de Orly Bezerra, realizou seis sondagens, a um custo total de R$ 330
mil. O custo de cada uma das seis pesquisas foi de R$ 55 mil.
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