Jatene, com Dudu (à esq.) e Pioneiro (à dir.): parcerias reveladoras. |
“Quem
disso cuida, disso usa”, consagra um adágio célebre. Sob essa perspectiva, é
revelador do mise-en-scène de Simão
Jatene, quando o assunto envolve ética e austeridade, parcela do elenco de
candidatos da coligação Juntos com o Povo.
O próprio Jatene figura como réu em processo no qual é acusado de
corrupção passiva, na esteira do escândalo da Cerpa, a Cervejaria Paraense S/A.
Esta, diga-se, não é uma acusação de Helder Barbalho, como leva a crer a
propaganda eleitoral do governador tucano no rádio e na TV. A denúncia é do
Ministério Público Federal, de acordo com o qual a cervejaria paraense,
valendo-se de um caixa 2, abasteceu a campanha de Simão Jatene nas eleições de
2002, com R$ 16,5 milhões, em valores a atualizar. A contrapartida da tucanalha, conforme a denúncia, foi
conceder à Cerpa perdão e incentivos fiscais que chegaram a R$ 47 milhões,
também em valores da época.
A esposa do candidato a vice-governador,
deputado federal Zequinha Marinho (PSC), Júlia Marinho Godinho da Cruz Marinho,
é suspeita de ser funcionária fantasma da prefeitura de Ourilândia do Norte,
cujo prefeito Maurilio Gomes Cunha (PSC), oMaguila, foi afastado do
cargo pela Justiça, na esteira de fartos indícios de improbidade
administrativa. “Ela só apareceu duas vezes por aqui no município, para
participar de eventos festivos”, relatou a vereadora Zulene Santos. Soa
inverossímil a versão segundo a qual Zequinha Marinho não teria conhecimento da
tramóia. Zequinha Marinha, diga-se, para além do discurso homofóbico que
trombeteia, é também favorável à divisão do Pará, postura sobre a qual silencia
a tucanalha, a banda podre do PSDB, embora
critique asperamente, pelo mesmo motivo, Lira Maia,. Do DEM, o Democratas,
candidato a vice-governador na chapa de Helder Barbalho.
O senador Mário Couto (PSDB), derrotado
na tentativa ad reeleição, dispensa apresentações. Trata-se, como sabem até as
pedras desta terra, de um conhecido bicheiro. Ele é o mentor político da
filha, a deputada estadual Cilene Couto (PSDB), que coonestou, por omissão, as
falcatruas registradas na Assembleia Legislativa do Pará, na gestão, como
presidente da Alepa, do ex-deputado Domingos Juvenil (PMDB), hoje prefeito de
Altamira, durante a qual permaneceu como auditora chefe. Ela ocupou o cargo desde
a administração do próprio pai, Mário Couto, como presidente da Alepa.
O ex-prefeito de Belém, ex-senador e
ex-deputado Duciomar Costa (PTB), também candidato derrotado ao Senado, é réu
em 29 processos nas Justiças Estadual e Federal. A tramitação lenta e
parcimoniosa dos processos ensejou um pedido ao ministro-corregedor-geral
do CNJ, o Conselho Nacional de Justiça, Francisco Falcão, feito pelo Ministério
Público Federal e pelo Ministério Público Estadual, para que seja acelerado o
julgamento das ações judiciais nas quais é réu o nefasto Dudu. Pelo
MPF assinaram o documento os procuradores da República Alan Rogério Mansur
Silva, José Augusto Torres Potiguar, Maria Clara Barros Noleto, Melina Alves
Tostes e Ubiratan Cazetta. Pelo MPE, subscreveram o pedido os promotores de
Justiça Firmino Matos, Alexandre Couto, Bruno Beckmbauer, Domingos Sávio e
Marcelo Gonçalves, além do procurador de Justiça Nelson Medrado.
Um comentário :
Baratona quanto tempo!
Concordo com tudo que vc disse Barata.
Ah! Só pra constar: FORA TUCANOS! FORA JATENE...
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