segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PEDOFILIA – Prepotência, um vício de origem

Irmã Henriqueta, da CNBB: alvo do iracundo Elias, patriarca dos Sefer.

        A prepotência que é possível entrever, na ação movida contra mim por Luiz Sefer, não surpreende, para quem conhece o modus operandi do ex-deputado. Nele a intolerância, no limite da truculência, se faz aparentemente por osmose, como sugere um episódio protagonizado pelo patriarca da família, Elias Sefer, um tipo iracundo, que foi superintendente da Sudam, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, durante a ditadura militar, avalizado pelo coronel Jarbas Passarinho, então senador e um dos manda-chuvas no Pará do regime dos generais.
        Quando fervilhava o escândalo de pedofilia envolvendo o ex-deputado, Elias Sefer, pai de Luiz Sefer, fez ameaça por telefone a irmã Henriqueta, que atua na defesa de crianças e adolescentes no Pará, e faz parte da Comissão de Justiça e Paz da CNBB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. “A ameaça veio de uma forma bem agressiva”, relatou, na ocasião, a irmã Henriqueta. “Por telefone, a pessoa pedia para que eu tomasse cuidado”, acrescentou.
        O telefone pertencia ao pai do ex-deputado, como comprovou, na época, a polícia. “Eu cheguei a reconhecer a voz dele”, declarou a freira, para sublinhar que não se deixaria intimidar. “Minha luta é incansável”, acentuou, peremptória.


Nenhum comentário :