No musical, uma canção sugere a subsequente, segundo o diretor. |
“A escolha por Roberto Carlos surgiu de
brincadeiras do elenco que, durante as viagens, cantava músicas do rei, onde um
ia interrompendo o outro com outra música, a partir de uma palavra comum”, conta Alex Neoral. “Uma canção vai puxando a da sequência, formando uma
grande história. É como se uma perguntasse e a outra respondesse”, explica.
O diretor e coreografo acrescenta que compõem a trilha sonora do espetáculo
mais de 70 trechos das composições de Roberto Carlos, sempre na voz deste, em
suas versões originais, clássicos da música romântica, gravados de 1960 a 1980.
Para Neoral
o desafio é duplo. Trata-se, segundo ele, de mergulhar na obra de um artista
tão popular, tão presente no cotidiano dos brasileiros, e colocar a obra em
diálogo com uma arte abstrata como a dança. “O
significado da palavra é muito forte na canção. Procurei usar a literalidade,
mas de uma forma inteligente, que não limitasse a dança a uma legenda da letra.
Aproveitei as intenções para dar fisicalidade ao movimento e para buscar uma
atitude teatral”, sublinha. “O resultado é uma apresentação que
estabelece comunicação direta com os espectadores, o que cria identificação e
conquista plateias de diferentes perfis”, assinala também o coreógrafo e
diretor. Ele destaca ainda a interatividade do espetáculo com a plateia, o que
torna cada apresentação única, ficando o elenco sujeito à reação do público.
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