Recebi e reproduzo, com o merecido destaque, o comentário de uma internauta, que se identifica como Lúcia,a propósito do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, realizado no Rio de Janeiro, desta terça-feira, 25, até sexta-feira, 28, com a participação de representantes de 96 países.
Segue, abaixo, o comentário de Lúcia:
“O congresso mundial do outro lado do nosso rio
“A partir de hoje, até 28 de novembro, o Rio de Janeiro é a capital brasileira que receberá pessoas de inúmeras partes do mundo para discutirem e buscarem soluções concretas para uma das questões mais vergonhosas do mundo. Trata-se do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
“O evento ocorrerá pela primeira vez em sua história em um país em desenvolvimento. As edições anteriores ocorreram na Suécia e no Japão. O Brasil, um dos países que é considerado de maior avanço em sua legislação, após o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, precisa mostrar avanços nesta área. Sabe-se, porém, que o cenário atual não é dos mais agradáveis. O Pará, por exemplo, até hoje não conseguiu explicar o caso escabroso de Abaetetuba. Uma menina de 13 anos ficou numa cela comum, na companhia de dezenas de homens, e sofreu violência sexual. O fato “ganhou” o mundo, e certamente será lembrado no Congresso Mundial. Pais e mães oferecem suas filhas para a prostituição ao longo dos rios do Pará, Macapá, Acre... São ribeirinhas que sofrem abuso em troca de alguns trocados para comprar alimento
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, passados 18 anos, continua a ser uma abstração para muitas autoridades A dificuldade em traduzir o que está preconizado no ECA, acaba sendo um dos maiores entraves para as políticas públicas no Brasil.
“A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República é uma das organizadoras do evento. O Pará deveria ter se envolvido neste Congresso de modo mais incisivo e participativo. O que se percebe, até porque não há indícios nesse sentido, é que não houve uma mobilização proporcional ao problema que ocorre em nossas regiões em relação ao abuso e exploração sexual. O governo do estado, através de suas secretarias, deveria ter mobilizado a sociedade civil para apresentar propostas e divulgá-las à população. Não houve um único anuncio público da governadora sobre isso. O evento é no Rio de Janeiro, mas é de suma importância para a região amazônica. Conseguimos ir à China e não ousamos atravessar o rio Amazonas para expor nossas angustias e reconhecer que precisamos, sim, de apoio. É aquela historia de mostrar a bela sala para as visitas e esconder os quartos e cubículos abarrotados de sujeira. O Pará comporta-se como aquela mãe da canção de Chico. Faz de conta que nada de ruim está acontecendo com seu guri.”
Segue, abaixo, o comentário de Lúcia:
“O congresso mundial do outro lado do nosso rio
“A partir de hoje, até 28 de novembro, o Rio de Janeiro é a capital brasileira que receberá pessoas de inúmeras partes do mundo para discutirem e buscarem soluções concretas para uma das questões mais vergonhosas do mundo. Trata-se do III Congresso Mundial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
“O evento ocorrerá pela primeira vez em sua história em um país em desenvolvimento. As edições anteriores ocorreram na Suécia e no Japão. O Brasil, um dos países que é considerado de maior avanço em sua legislação, após o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, precisa mostrar avanços nesta área. Sabe-se, porém, que o cenário atual não é dos mais agradáveis. O Pará, por exemplo, até hoje não conseguiu explicar o caso escabroso de Abaetetuba. Uma menina de 13 anos ficou numa cela comum, na companhia de dezenas de homens, e sofreu violência sexual. O fato “ganhou” o mundo, e certamente será lembrado no Congresso Mundial. Pais e mães oferecem suas filhas para a prostituição ao longo dos rios do Pará, Macapá, Acre... São ribeirinhas que sofrem abuso em troca de alguns trocados para comprar alimento
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, passados 18 anos, continua a ser uma abstração para muitas autoridades A dificuldade em traduzir o que está preconizado no ECA, acaba sendo um dos maiores entraves para as políticas públicas no Brasil.
“A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República é uma das organizadoras do evento. O Pará deveria ter se envolvido neste Congresso de modo mais incisivo e participativo. O que se percebe, até porque não há indícios nesse sentido, é que não houve uma mobilização proporcional ao problema que ocorre em nossas regiões em relação ao abuso e exploração sexual. O governo do estado, através de suas secretarias, deveria ter mobilizado a sociedade civil para apresentar propostas e divulgá-las à população. Não houve um único anuncio público da governadora sobre isso. O evento é no Rio de Janeiro, mas é de suma importância para a região amazônica. Conseguimos ir à China e não ousamos atravessar o rio Amazonas para expor nossas angustias e reconhecer que precisamos, sim, de apoio. É aquela historia de mostrar a bela sala para as visitas e esconder os quartos e cubículos abarrotados de sujeira. O Pará comporta-se como aquela mãe da canção de Chico. Faz de conta que nada de ruim está acontecendo com seu guri.”
9 comentários :
acho q vç esta certa certa, mas nos conselheiros do conselho estadual da criança e adolencente estamos levando essas revendicações para o rio.
Ramos, a sociedade civil como sempre carregando as dores da população.Pouco apoio,como falar de integração das secretarias afins? O governo encherga a sociedade civil como uma afronta e ao mesmo tempo sabe que é a sociedade civil que tem a experiencia, a vivencia e poucos recursos.Falta capacitação, falta planejamento, este seria o papel do Estado.Todos os conselhos tutelares estão com serrios problemas.Mais uma vez o governo cooloca nos ombros da sociedade civil a responsabilidade de ir representar o Pará, alguns tecnicos para irem, tiveram que "brigar" para isso.Todos devriam estar juntos.Continuaremso peerdendo comn ações isoladas.Mas desejo sinceramente, que tragam algo de bom de lá.
Lucia
TEMOS PESSOAS MARAVILHOSAS!!!!!!!!!!!!!
INFELISMENTE SÓ A SECRETARIA EUTALIA NÃO CONSEGUE VER ISSO TAMBEM ELA NÃO COMPREENDE A LUTA DE CLASSE!!!!!!!!!!!!!!!!!!
NÃO TEMOS NADA A VER COM ISSO!!!!!!!!!!!!!!!
SABE QUEM A SECRETARIA EUTALIA MANDOU REPRESENTAR A SEDES NESTE ENCONTRO????????????? NINGUEM!!!!!!!!!! SABE PORQUE??????????????? A SOCIEDADE CIVIL NÃO É PRIORIDADE NESTE GOVERNO!!!!!! NÃO É EUTALIA????????? E AGORA ANA JULIA??????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
O evento foi previsto no cronograma da proteção social especial desde o mes de março.Chegou ao gabinete da entao secretaria e na nuplan A atual gestao nao deu a menor importancia.O que fizeram foi refazer o que ja estava feito e detonaram o cronograma,nós, tecnicos ficamos com cara de tacho, vendo a Nieta "rever" o que ja estava encaminhado.quem conseguiu ir foi porque brigou, pagou do proprio bolso o preparo de material, um ser isolado num mar de incomeptencia de gestores e de tecnicos frustrados. Tinha gente querendo ir pra fazer turismo na última hora.Bom, em todo lugar tem tecnicos e "tecnicos" mas tecnico serio nao é gestor, nao manda nada, pelo contrario, na primeira oportunidade é humilhado, pisado.O Pará mais uma vez deixou a sociedade civil sozinha.Falta de aviso nao foi.O cronograma previu o evento com antecedencia, mas a arrogancia desssa gente é impressionante.Tudo que ofi encaminhado, eles vetaram e haja reuniao, reuniao, festa do çairé, reuniao, reuniao e nada.Era pra ter acontecido oficinas preparatorias, mobilização dos tecnicos, previsao orçamentaria ja tinha sido feita,era pra ter sido feito seminarios com as ongs para afinar o discurso e propor conjuntamente as açoes sobre o tema.O afinamento deveria ter começado em brasilia. Agora é tarde, mas eles nao sao toa eficientesa? que se expliquem, mais uma furada da gestão.Mais atraso pra gente e pra prtoteção às crianças.Vai fazendo reuniao Nieta, a mulher hiper super mega competente...
Uma secretaria que fere a lei trabalhista...as pessoas exoneradas ate agora nao receberam seu 13º proporcional.Eda faz de vingança.imagine se fossem pessoas de outro partido...ela mandava matar...de fome.
QUERIA SABER COMO A D.EDA DORME COM TANTA GENTE ODIANDO ELA...ELA DEVIA ENTENDER UM POUCO DA LEI DE CAUSA E EFEITO.TUDO VOLTA...COMO BUMERANGUE.
ô! se volta, e como...
Rapaz, tem gerente que odeia quando o servidor está doente, desconfia até do atestado medico, qualquer dia vão se ver as volta com o CRM, por duvidar dos médicos. Quero ver quando esses sem perfil para gerenciar cair doente vão amargar no fogo do inferno, se vão, vão já esta acontecendo o Bumerangue.
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