domingo, 3 de abril de 2011

SEDES – Precedentes justificam suspeitas

Simão Jatene (foto), convém recordar, obteve seu primeiro mandato como governador, de 2003 a 2006, na esteira de uma das mais escandalosas utilizações da máquina administrativa estadual em favor de um candidato. Nas eleições de 2002 ele teve como avalista político o ex-governador Almir Gabriel, eleito em 1994 e reeleito em 1998 e do qual chegou a ser não apenas o auxiliar da sua mais absoluta confiança, mas também amigo pessoal. Então um mala sem alça nem rodinhas, nem assim foi possível a Jatene abdicar do apoio do ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará, para derrotar no segundo turno, por uma minguada margem de diferença, a candidata petista Maria do Carmo Martins, hoje prefeita eleita e reeleita de Santarém. Naquela altura Jader Barbalho era malsinado por Almir Gabriel e, por extensão, pelas demais cabeças coroadas da tucanalha. Ainda assim não negou o apoio solicitado por Jatene, depois que parcela do PT, capitaneada por Ana Júlia Carepa, que em 2002 se elegeu senadora, rejeitou a aliança com o PMDB, que no Pará é, por assim dizer, o nome de fantasia de Jader Barbalho.
A utilização eleitoral da máquina administrativa estadual também pontuou a eleição, para a Câmara Federal, de Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, em 2010. Inicialmente secretário de Governo, quando revelou-se um administrador inepto, que sequer conseguiu enxugar minimamente a máquina administrativa, Puty tornou-se, posteriormente, chefe da Casa Civil e articulador político do governo Ana Júlia Carepa. Isso lhe permitiu fazer campanha antecipada, valendo-se da estrutura de poder, da qual não deixou jamais de usufruir, inclusive ao se fazer passar por assessor especial, quando obrigado, por força da lei eleitoral, a se desincompatibilizar do cargo de secretário de Estado. Foi assim que a DS, a Democracia Socialista, a hoje inexpressiva facção petista da qual faz parte a ex-governadora Ana Júlia Carepa, conseguiu eleger deputados Puty, para a Câmara Federal, e Edilson Moura, para a Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará.
Do fracasso eleitoral só não conseguiu escapar a própria governadora petista Ana Júlia Carepa, a quem coube o ônus de se manter omissa diante das recorrentes sandices de seus luas pretas, dentre os quais figurava Puty. Este se somou a Marcílio de Abreu Monteiro, secretário de Projetos Estratégicos, ex-marido e pai da filha de Ana Júlia; Maurilio de Abreu Monteiro, secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, irmão de Marcílio e ex-marido de Joana Pessoa, amiga pessoal e eterna caixa de campanha da ex-governadora petista; e Carlos Botelho, consultor geral do Estado. Sem nem por isso subestimar a circunstancial ascendência de Puty sobre Ana Júlia, o que é dito intramuros, por parcela dos petistas, é que a verdadeira eminência parda do governo petista foi, em realidade, Marcílio de Abreu Monteiro.

Um comentário :

Anônimo disse...

Esse povo do PSDB que ficou desempregado por 4 anos, agora está de volta. Em alguns órgão há gente da novíssima geração, como no caso da ALEPA, onde o filho do Sérgio Duboc, está no DETRAN, é o novo Coordenador da Consultoria. Esse jovem rapaz, está substituindo um Consultor de carreira da ALEPA da época do Juvenil. Seu papito Sérgio, foi por 8 anos chefe do Setor Financeiro da Casa, levado por Mário Couto e deixado lá, no mesmo lugar, pelo Juvenil.
Eu vou ter que perguntar: será que como chefe do Financeiro da ALEPA, Sérgio Duboc conheceu a Mônica? Será?