Na
sua carta aberta, na qual salienta colocar à disposição dos interessados os
documentos esclarecedores sobre o imbróglio, o promotor de Justiça Alexandre
Couto não consegue dissimular o desalento diante dos desdobramentos do
episódio, na esfera de Justiça. “O concurso público continua suspenso pelo CNMP e o PCA
deverá ser julgado pelo plenário no próximo dia 07 de abril. Independentemente
do resultado do julgamento - que espero seja jurídico e não político -, não
haverá vencedores. O MP-PA teve sua imagem irremediavelmente manchada com sua
atuação contraditória, ao estilo da casa do ferreiro. O concurso público, que
já está atrasado pelo menos cinco anos, vai demorar ainda mais alguns meses”,
observa. “A ação civil pública que já contava com liminar favorável e aceitação
do Estado do Pará, em vez de ser julgada nos termos do que dispõe o artigo 269,
II, do CPC, foi misteriosamente extinta, sem julgamento do mérito, quatro dias
depois que uma nova juíza assumiu a 3ª Vara da Fazenda e dois dias depois do
CNMP conceder a liminar”, fulmina.
De resto, Couto
não consegue represar, no arremate de sua carta aberta, um desabafo
devastadoramente irônico. “E eu? Continuarei
o mesmo promotor de Justiça de sempre, talvez com mais alguns admiradores e
outros tantos críticos. De mudanças, talvez, por um bom tempo, não vá mais
almoçar na companhia do PGJ, como de costume, e provavelmente de alguns dos
seus mais fiéis aduladores. Nada que o tempo e os interesses políticos não curem”,
desdenha, para então concluir: “Embora
tivesse muitas outras coisas a dizer, penso que o melhor, neste momento, é que
as pessoas que se interessarem pelo caso, possam ter conhecimento direto dos
documentos anexados.”
Um comentário :
Chegou o momento de ser pedida a destituição do PGJ. Isso seria uma resposta digna dos bons.
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