Seja
qual for o resultado da eleição para o Cress/PA 1ª Região, o Conselho Regional
de Serviço Social, o grande derrotado no pleito certamente será o decoro que se
deve esperar dos representantes de uma categoria profissional da relevância dos
assistentes sociais. Isso é o que fatalmente se conclui diante das denúncias e
suspeitas que permeiam a disputa entre a chapa 1, Por Uma Gestão Democrática e Transparente, de oposição, e a chapa
2, Consolidando a Mudança e Garantindo
Direitos, da situação. O que nivela por baixo a eleição é vê-la ensejar, na
disputa pelo comando de uma respeitável categoria profissional, os mais
execráveis vícios das disputas político-partidárias, em um vale-tudo eleitoral
do qual a primeira vítima é a credibilidade do Cress/PA.
Do
que é possível depreender, da disputa travada no Cress/PA, conclui-se que situação
e oposição parecem submergir no erro crasso de imaginar que os fins justificam
os meios, esquecendo-se, convenientemente, que os meios fatalmente definem os
fins. Assim, é sepultado um mínimo de rigor ético na disputa, que mobiliza um
contingente estimado em 1.500 profissionais habilitados ao voto, na eleição que
elegerá a direção do Cress/PA, para o triênio que vai de 2014 a 2017, e deverá
se estender desta quinta-feira, 20, a sexta-feira, 21. Como o debate eleitoral
não inclui apenas a discussão de propostas, mas também as denúncias de eventuais
contradições que desmintam o discurso de campanha, a chapa 2, da situação, acaba
por coonestar a baixaria ao não assumir publicamente as críticas e denúncias feitas
a oposição, disparadas apenas em off. Já a oposição, como evidencia o próprio
período pré-eleitoral, parece refém do sectarismo, irmão siamês da
intolerância, que conspira contra o debate democrático e, na esteira da miopia
política, nivela adversários circunstanciais a inimigos irreconciliáveis.
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