sexta-feira, 21 de março de 2014

MPE – Tom de desalento diante da Justiça

        Na sua carta aberta, na qual salienta colocar à disposição dos interessados os documentos esclarecedores sobre o imbróglio, o promotor de Justiça Alexandre Couto não consegue dissimular o desalento diante dos desdobramentos do episódio, na esfera de Justiça. “O concurso público continua suspenso pelo CNMP e o PCA deverá ser julgado pelo plenário no próximo dia 07 de abril. Independentemente do resultado do julgamento - que espero seja jurídico e não político -, não haverá vencedores. O MP-PA teve sua imagem irremediavelmente manchada com sua atuação contraditória, ao estilo da casa do ferreiro. O concurso público, que já está atrasado pelo menos cinco anos, vai demorar ainda mais alguns meses”, observa. “A ação civil pública que já contava com liminar favorável e aceitação do Estado do Pará, em vez de ser julgada nos termos do que dispõe o artigo 269, II, do CPC, foi misteriosamente extinta, sem julgamento do mérito, quatro dias depois que uma nova juíza assumiu a 3ª Vara da Fazenda e dois dias depois do CNMP conceder a liminar”, fulmina.

        De resto, Couto não consegue represar, no arremate de sua carta aberta, um desabafo devastadoramente irônico. E eu? Continuarei o mesmo promotor de Justiça de sempre, talvez com mais alguns admiradores e outros tantos críticos. De mudanças, talvez, por um bom tempo, não vá mais almoçar na companhia do PGJ, como de costume, e provavelmente de alguns dos seus mais fiéis aduladores. Nada que o tempo e os interesses políticos não curem”, desdenha, para então concluir: Embora tivesse muitas outras coisas a dizer, penso que o melhor, neste momento, é que as pessoas que se interessarem pelo caso, possam ter conhecimento direto dos documentos anexados.”

Um comentário :

Anônimo disse...

Chegou o momento de ser pedida a destituição do PGJ. Isso seria uma resposta digna dos bons.