Um homem sobretudo probo. Probo e digno. Paradigma de ser humano da melhor qualidade, cuja cativante bonomia jamais impediu de se manter intransigentemente fiel aos valores que pavimentam as noções básicas de cidadania, com ênfase para o respeito às diferenças e às minorias.
Assim, sem o risco de se incorrer em qualquer exagero, pode ser descrito Djalma Chaves (foto, do Amazônia Jornal), que morreu vítima de câncer, na madrugada desta última segunda-feira, 16. Um profissional de competência, experiência e probidade consensualmente reconhecidas, ele fez carreira como um bem-sucedido advogado, célebre pelo perfil ético, razão da confiança que inspirava nos seus interlocutores, por honrar a palavra empenhada e pela capacidade de conciliar, sem abdicar de princípios. De tão digno que sempre foi, pessoal e profissionalmente, Djalma também se notabilizou, como advogado, por merecer a confiança incondicional de seus clientes, inclusive aqueles que confiavam a administração de seus bens imóveis, sem restrições de qualquer espécie, à próspera banca de advocacia que ele manteve juntamente com Francisco Miléo. O escritório foi também integrado, por um certo período, por Gileno Muller Chaves, advogado do qual Djalma era primo, mas a quem dedicou, sempre, o carinho que se costuma merecer de um irmão mais velho. Da banca de advocacia passou a fazer parte ainda, posteriormente, o também advogado Marcelo Chaves, filho de Djalma e legítimo herdeiro dos mais nobres predicados do pai.
A credibilidade pessoal e profissional de Djalma Chaves foi tanta e tamanha que ele se notabilizou ainda, no exercício da advocacia, por advogar ambas as partes em separações conjugais. Não sem antes, como era praxe, investir na possibilidade de reconciliação, alheio aos honorários que deixaria de embolsar, algo inusitado em se tratando de um advogado. Esse desprendimento certamente explica o porquê dos proprietários, que a ele confiavam o aluguel de seus imóveis, se recusarem a tratar diretamente com os inquilinos, ou inquilinos em potencial, aos quais sequer se permitiam receber, tal como fazia, por exemplo, dona Terezinha Kós Miranda, viúva do ex-vice-governador Newton Miranda, um respeitado cartorário. Não por acaso, a Djalma coube dar encaminhamento ao inventário de Aldebaro Klautau, ícone de advogado e homem público probo e ético, a pedido de dois dos filhos do mestre, Aldebaro Klautau Filho, o Baim Klautau, e Paulo Klautau, ambos ilustres advogados, tal qual o pai, e como este também já falecidos. Nada mais emblemático da credibilidade de Djalma Chaves.
2 comentários :
Conheci o Dr. Djalma Chaves em janeiro de 1983 quando passei a ser sua inquilina em um imóvel dele na Rua Sanador Manoel Barata, bairro do reduto, por mais de 16 anos. Sempre o tive como um grande amigo, depois com seu filho o Marcelo a quem admiro bastante. Fiquei triste quando tomei conhecimento de sua morte. Enfim, é a vida, que descanse em paz.
Maria Luiza S. dos Santos
Tive o prazer de conhecer o Dr. Djalma Chaves. Chamava-o , com a devida licença de seus filhos, de meu PAI na FPF. Tivemos a felicidade de sermos apaixonados pelo CLUBE DO REMO. Foram 8 anos de convivência praticamente diária que serviram para eu ter a plena certeza e sem medo de errar em dizer que foi um dos "caras" mais probos e honestos que conheci. A família perdeu um Homem com H maíusculo, e , apesar da perda imensurável, deve ser muito bom saber que o Pai, o marido, o tio, o avô, enfim, o GRANDE Dr. Djalma Chaves é motivo de ORGULHO e exemplo não só para seus familiares, mas como também para seus amigos e conhecidos. Vai com Deus meu AMIGO Dr. Djalma, e me desculpe por ter "filado" muitos "BENSONS". Vai com Deus...
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