Nada mais ilustrativo do jaez de Jarbas Vasconcelos do Carmo, o Do Carmo, e sua entourage que o tratamento hostil que destinaram aos jornalistas do Diário do Pará, a quando da reunião na qual o Conselho Federal da OAB optou, por 22 a 4, pela intervenção na seccional do Pará. O jornal, que é hoje o mais vendido no Pará, integra o grupo de comunicação da família do ex-governador e senador eleito Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado. Seu concorrente direto é O Liberal, o principal jornal do grupo de comunicação dos Maiorana, mais que concorrentes, inimigos figadais de Barbalho. Desde o início do imbróglio o Diário do Pará repercutiu o escândalo protagonizado por Do Carmo, até aqui claramente poupado por O Liberal, a despeito dos indícios da falcatrua que provocaram a intervenção do Conselho Federal na seccional do Pará. A matéria do Diário do Pará, sobre a reunião do Conselho Federal, registra até empurrões nos seus jornalistas, quando eles tentaram se aproximar de Do Carmo. Algo tanto mais repulsivo, diante das tradições libertárias da OAB, notabilizada como porta-voz da sociedade civil nos negros anos da ditadura militar.
Mas além da postura intolerante, Do Carmo e seus sequazes revelam parco apreço ao decoro. Desde que foi deflagrado o escândalo, o agora presidente afastado utilizou escandalosamente o cofre e a máquina administrativa da OAB/PA, como se dele fossem, na melhor tradição patrimonialista. Não por acaso, o site da OAB/PA veiculou neste último domingo, 23, uma matéria sobre a reunião do Conselho Federal, para julgar o pedido de intervenção na seccional paraense. O noticiário não incluiu sequer uma mísera sub-retranca, abrindo espaço para os adversários de Do Carmo, que defendiam a intervenção. O pior, porém, estava por vir. O site da OAB não faz nenhum registro sobre a reunião do Conselho Federal, na qual foi definida a intervenção na seccional do Pará. O fato evidencia que o suposto apreço pelos postulados democráticos, trombeteados por Do Carmo e seus asseclas, destina-se, apenas e tão-somente, para consumo externo. Na prática, que é o critério da verdade, Do Carmo e seus apaniguados revelam-se como dignos cúmplices retroativos da ditadura militar.
A matéria, postada no site da OAB/PA, pode ser acessada através do link abaixo:
A notícia ainda inclui dois links, que levam à defesa do presidente e do secretário geral da OAB/PA, respectivamente, Jarbas Vasconcelos do Carmo, o Do Carmo, e Alberto Antônio de Albuquerque Campos.
A defesa de Jarbas Vasconcelos do Carmo, o Do Carmo pode ser acessada no endereço eletrônico logo abaixo:
A defesa de Alberto Antônio de Albuquerque Campos está no link que é reproduzido em seguida:
3 comentários :
Gostaria que alguém me explicasse por que vários advogados usam este humilde blog prá detonar com o Jarbas Vasconcelos,que teve a idéia infeliz de participar da passeata contra a corrupção na Alepa, logo neste Estado que abriga o maior corrupto de todos os tempos,e ainda por cima,ao lado dos maioranas. Mexeu com a questão dos togados que continuam trabalhando de terça a quinta, e não moram nas comarcas. Mas não se vê nenhum advogado criticando a decisão imoral da justiça na absolvição do Tarado Seffer. Porque será? Será porque também são farinha do mesmo saco?
Intervenção é golpe, ato de regimes totalitários, se a moda pega heim, já pessou a Dilma intervir no Pará porque o Jatene é do PSDB?
Como advogado não posso compactuar com o ato de ditador, fora OPHIR, Jr e seus interventores.
Ora, se o Conselho Federal da OAB decidiu instaurar processo ético disciplinar contra os diretores, pergunto: como poderiam continuar dirigindo a OAB/PA enquanto não se esclarecer tudo tudo tudo, inclusive o problema da origem do dinheiro e a razão da insistência do Jarbas e do Alberto em dizer que a venda foi ato jurídico perfeito?
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