sábado, 8 de outubro de 2011

CÍRIO – A chama da esperança que nunca se apaga


Que a comovente humildade dos devotos, que inundam Belém em uma pororoca humana, a cada procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, inspire a todos nós no desafio que é compreendermos que não basta prescrever o bem e proscrever o mau. É preciso que o princípio do bem e o horror ao mau estejam na cabeça e no coração de cada um de nós. Se assim não for, não restará nada além do êxtase improdutivo.
Isso posto, fica o sincero desejo de um feliz Círio a todos, com os votos de paz, saúde, sucesso e felicidade.

5 comentários :

Anônimo disse...

Eu Círio.
Meu caro Barata. Hoje , por trabalho e empenhos, não estarei vendo e sendo parte do rio de igualdade que é o segundo domingo de outubro pra nós, filhos da mãe d’agua. O tempo, esse implacável devorador da distancia entre os inícios, provoca estranhas ações sobre todos nós. Uma delas, é uma espécie de terna melodia , que soa, calma e angustiante, quando estamos longe do umbigo das mangueiras.
Há algo mais que devoção no Círio. Há algo mais que confraternização ou mistura de sagrados e profanos. Há uma estranha junção de povo em situação de abandono e clemência, que democratiza a natureza. É desse momento, que cada um reage e expressa a seu modo, que eu sinto falta.
Me vi ontem falando com amigos no intervalo de meu ensaio sobre o Círio. E um ator me disse: “Mas, Círio não é uma velona?” Estranha pergunta. Eu então disse: “Círio é o conjunto de manifestações ... e tal”, todos sabemos. Mas, comecei a pensar na palavra Círio.
Círio. Uma Vela. O que é uma vela. Porque levar uma vela, e o quanto nós, no Círio Manifestação, esquecemos do que vem a ser uma vela. Uma vela grande do meu tamanho. Do tamanho da minha dor, alegria esperança e fé.
Eu vela. Todos nós vela. Que nos derretemos por e para. Que não queremos ser apagados. Que nos oferecemos, nos imolamos, nos sacrificamos nesse dia em reconhecimento da grandeza de nossa pequena pessoa, efêmera, passageira. A nossa tragédia está aí também. Passada a imagem útero, ( a qual todos, num cordão umbilical coletivo estamos ligados a uma só mãe) eu minha prece e pedidos nos separamos, e já voltamos a não ser, devorados por essa coisa que apelidamos de vida.

Quando do Círio, somos Círios . Nos acendemos, nos oferecemos e imolamos em clemências, reconhecimentos da grandeza do viver, em temor e respeito pelo mistério do desconhecido, em agradecimentos e pedidos.
Os meus pedidos hoje, (talvez por ação mais uma vez do tempo, esse implacável) são por justiça. Para que a neblina que nos cega, desapareça.

Proponho um exercício de imaginação: E se essa berlinda que protege a nossa jóia maior, protegesse a Liberdade? Então todos nós, dois milhões estaríamos, iguais, pacíficos, cantando e com nossos Círios nas mãos, caminhando quilômetros, pensem doze romarias pela mãe de todos, Nossa Senhora da Liberdade de Nazaré. Nossa Senhora da Justiça de Nazaré, Nossa Senhora da Saúde de Nazaré, das Culturas e dos Respeitos, da Educação de Nazaré.
Que neste Círio, nos imolemos, Círios que somos, também por essas causas. Não somente por pedidos legítimos individuais. Para que ELA, essa a quem todos os nossos cordões umbilicais de preces e agradecimentos estão unidos, me ajude a me consertar no mundo, nos ajude a criar uma sociedade de homens melhores. A mudança está em cada um de nós.

Um bom Círio a todos.
Cacá Carvalho.

Anônimo disse...

Barata,
Um FELIZ CIRIO pra vc e sua família.
Que N.S. de Nazaré abençoe a todos nós!
Ler esta reflexão do Cacá é um presente pra todo nós que acreditamos na LIBERDADE, na JUSTIÇA e na FRATERNIDADE.
ABRAÇOS PRA TODOS..

Anônimo disse...

Barata este blogeiro lhe deseja um feliz dia do círio, que seu blog continue a informar a sociedade paraense de fatos que os meios de comunicação não fazem por questões pessoas, mais vc continua dando uma grande contribuição a sociedade paraense e sempre será lembrado por todos nos.

Anônimo disse...

Ei, eu vi no círio o D. Vicente Zico acenando para as pessoas e sendo ovacionado por elas. Aí lembrei que a Constituição proibe que seja algum logradouro público denominado com o nome de pessoas vivas e em Ananindeua a Arterial 18 agora chama-se Av. D. Vicente Zico e se ele está vivo está errada a homenagem; vou ingressar com procedimento judicial para que a Constituição seja respeitada, pela Prefeitura e a Camara de lá. Nada contra o velinho mas tudo a favor da lei maior.

Anônimo disse...

Seria bom também entrar com ação contra o nome da ponte da alça viária,pois apesar de não parecer o Almir Gabriel tá vivo.