sexta-feira, 22 de maio de 2009

PODER – A solidão de Ana Júlia

É aí, exatamente aí, que reside o maior problema de Ana Júlia Carepa – a solidão política. Se romper com Jader Barbalho, qual a opção que poderá restar à governadora? Nem o peso que certamente tem a máquina administrativa é capaz de permitir driblar as adversidades embutidas no isolamento político, como ilustra o naufrágio eleitoral do ex-governador tucano Almir Gabriel, em 2006. A idéia de uma aliança com o PTB do prefeito reeleito de Belém Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, é uma possibilidade frequentemente mencionada, mas não chega a ser uma alternativa capaz de repor os benefícios eleitorais que embute a parceria com o PMDB, mesmo entre tapas e beijos.
Há ainda um problema adicional. Este governo não é precisamente do PT. Trata-se, na verdade, de uma coalizão comandada não pelo PT, mas pela DS, que trata o adversários internos da tendência com um rancor que não devota sequer aos inimigos históricos da legenda, como são, por exemplo, os tucanos. É emblemático, por exemplo, o tratamento desdenhoso dispensado até aqui ao deputado federal Paulo Rocha, uma incontestável liderança do PT, que exibe inegável densidade eleitoral, a despeito do estigma de mensaleiro. Capaz de abrigar e favorecer tucanos empedernidos, os atuais inquilinos do Palácio dos Despachos trataram com desprezo o parlamentar no loteamento político do governo. Paulo Rocha foi recompensado, é verdade, na área federal, mas isso por conta de seus estreitos vínculos com o Palácio do Planalto.

Um comentário :

Anônimo disse...

Ela que não seja louca (mais uma vez), de fazer ACORDO COM OS Gs. Até agora, esses FISIOLÓGICOS só estam se dando bem.