terça-feira, 24 de março de 2009

UFPA – Sucessão tem um novo capítulo

A sucessão do reitor em fim de mandato da UFPA (Universidade Federal do Pará), professor Alex Fiúza de Mello, terá um novo capítulo na próxima semana. Está confirmada para segunda-feira, 30, prosseguindo na terça-feira, 31, a reunião do Consun (Conselho Universitário) destinada a cumprir as formalidades necessárias para a nomeação do reitor eleito, professor Carlos Maneschy.
O professor Carlos Maneschy foi o vencedor da eleição, com votação paritária, da qual participaram professores, técnicos administrativos e alunos, para a escolha do novo reitor da UFPA. Ele derrotou a professora Regina Feio Barroso, vice-reitora e candidata do atual reitor, em uma disputa pontuada por denúncias de abuso de poder econômico e de uso da máquina administrativa.

8 comentários :

Anônimo disse...

Já estive numa reunião da equipe do Reitor, onde se analisou longamente o assunto e aventou-se a possibilidade de virar a mesa, como nas melhores regiões onde o coronelismo corre solto, ainda. A própria Regina nem participou, ela não sabe articular muitas idéias, quem fala por ela e o vice, Licurgo.
O Alex continua na sua luta (doença, loucura ou assunto pessoal, que vai longe) de impedir que Maneschy seja o próximo reitor da UFPA e, como bom tucano que foi e ex amigo do Paulo Renato (o Ministro do FHC que vendeu a educação brasileira à iniciativa privada) hoje negocia até com o PT para conservar algum prestigio e continuar na política. Ele é quem comanda esse processo vergonhoso.
O Alex não quer respeitar nem a fórmula pela qual ele mesmo se reelegeu reitor em 2005 que foi o voto paritário. Nessa ocasião ninguém fez consulta ao MEC para conferir a legalidade do processo e contou com o apoio do próprio Maneschy para se reeleger.
O CONSUN não entrará nessa palhaçada de aceitar bolsas e alguns CDs em troca de sujar sua imagem. Eleito Maneschy o CONSUN e a UFPA terão uma nova oportunidade de se orgulhar de uma universidade realmente democrática e não de uma capitania hereditária que foi a que promoveu o atual reitor.

Anônimo disse...

Jornalista Augusto Barata, ensarrilhe sua pena que o golpe contra o reitor eleito Maneschy agora está sendo pregado descaradamente pelo conselheiro Afonso Medeiros, num e-mail enviado hoje aos conselheiros do consun, onde defende uma tese que para dizer o mínimo, é de uma calhordice sem igual, ou seja, a de que o MEC mandou ignorar tudo e eleger a Regininha Poltersgeist. Ora, nem o blog do reitor ousou ir tão longe.
O conselheiro que me mostrou o mail me disse que não sabe o que é mais mortificante: a tese golpista ou o rebarbativo texto em que ela é apresentada, empolado de doer.
Por isso convoque suas hostes, a saber: os professores Flávio Nassar e Baleixe,tão importantes contra o primeiro golpe que tentaram dar no Consun, aquele do recurso, e parta para mais uma vitória da democracia.

Anônimo disse...

Deus do Céu!
A ser verdade tudo o que dizes, Barata, aí é difícil acreditar que a Universidade tenha como um de seus objetivos formar agentes de transformação deste País!
Que mau exemplo este Senhor Reitor está a dar à Comunidade Acadêmica.
Será que ele está escondendo alguma coisa que o Reitor Maneschy venha a descobrir e ele vá ter de pagar?
É impressionante como alguém que, a quase 8 anos de bons serviços à causa universitária acabe por sair pelas portas do fundo, por culpa de si mesmo.
Ei,Barata, continua a nos dar essas informações até porque aposentado, já viu, né, neste reitorado só "de longe"...é lepra!

Anônimo disse...

Barata, por favor, volte a falar da Sema. Como servidor sinto que preciso de espaço para externar as coisas erradas de lá.

Anônimo disse...

Barata,

Uma coisa é certa, as eleições nas ifes tem gerado os mesmo vícios observados nas eleições parlamentares. Basta ver o que acontece no atual Ifpa (ex-cefet e etfpa).

http://blogdowolgrand.blogspot.com/2009/03/cefetpa-sutileza-na-protecao-aos.html

Anônimo disse...

Acabei de ler uma carta assinada pelo Prof. Afonso Medeiros em que o mesmo abusa da nossa inteligência, querendo fazer crer que só a categoria de servidores foi quem elegeu o maneschy, tentando desconhecer que nós estudantes também votamos e nossos votos somaram-se aos votos dos professores que também votaram no Maneschy. Isso só tem um nome GOLPE! Pois, depois do jogo tenta mudar as regras estabelecidas, baseadas na paridade entre as categorias, obtido através de uma lógica matemática, escudado numa pretensa legalidade exigida pelo MEC, ao qual o atual reitor não recorreu quando foi eleito pelas mesmas regras.

Anônimo disse...

É, parece que é verdade mesmo ,o ditado que afirma : " Aqui se faz, aqui se paga". A democracia do Alex Fiúza só vale para a UEPA,pois, no processo eleitoral da Universidade Estadual ele foi consultado pela governadora e afirmou que ela deveria nomear o seu amigo Silvio Gusmão, porque este teria ganho as eleições de acordo com as regras do regimento eleitoral e do estatuto da UEPA, exatamente o que aconteceu com o Prof. Manesk, com a diferença de que no processo eleitoral da UFPA só votou a comunidade acadêmica e , até onde se sabe, ele, o reitor, abausou do poder ecomômico, mas não fraudou o processo. Ou seja, o Manesk é o reitor eleito pela comunidade, Alex te conforma!

Haroldo Baleixe disse...

Quarta-feira, 25 de Março de 2009
Uma carta sem frescuras.

"Prezados(as) Membros do CONSUN,

O MEC solicitou à UFPA que encaminhe nova lista tríplice dos candidatos a Reitor, respeitando formalmente o que estabelece a lei vigente. Este ato não altera, na prática, a prerrogativa deste CONSUN de encaminhar o resultado da escolha da comunidade universitária. Em nenhuma escolha de dirigentes, ao longo do atual governo, o MEC requereu mais do que o cumprimento da formalidade e nem o faz agora. Qualquer afirmação em contrário ignora os dados da realidade.

O MEC não determinou que o CONSUN formalize decisão diferente daquela que expressa o desejo da comunidade universitária, conforme aferido por meio de processo de consulta definido por este CONSUN, realizado por este CONSUN, conduzido por uma equipe designada por este CONSUN e cujos resultados foram reconhecidos como legítimos por este CONSUN.

O CONSUN da UFPA, portanto, tem o pleno poder de reafirmar a autonomia da UFPA e a legitimidade de seus próprios atos, cumprindo a formalidade da lei, mas encaminhando ao MEC o resultado que expressa o desejo da comunidade universitária. Se não o fizesse, não seria porque o MEC está subtraindo a autonomia universitária. Seria um ato de renúncia injustificada à autonomia. O MEC, reitere-se, não desrespeitou, neste governo, a vontade da comunidade de qualquer IFES. Todas fizeram suas consultas do modo que julgaram mais apropriado e simplesmente tiveram o cuidado de enviar o resultado no formato que a lei exige. Garantiram, assim, a nomeação do escolhido pela comunidade, colocando-o em primeiro lugar na lista. Tanto o MEC quanto a Presidência da República, diferente do que acontecia no governo FHC, respeitam o resultado e o nomeado é sempre o primeiro da lista.

O momento requer mais uma vez a afirmação dos compromissos com a instituição, como este Conselho tem reiteradamente demonstrado. Cabe ao CONSUN da UFPA a responsabilidade de, com serenidade, coerência e, sobretudo, compromisso ético fazer valer a autonomia da UFPA e os interesses institucionais maiores.

Cordialmente,

Horácio Schneider"

Postado no Blog HB (www.haroldobaleixe.blogspot.com)