quinta-feira, 23 de outubro de 2014

ELEIÇÕES – Jatene não merece o benefício da dúvida



        Para além de um desempenho algo opaco como prefeito de Ananindeua, previsível pelas próprias características do município, Helder Barbalho, o candidato do PMDB ao governo, pela coligação Todos pelo Pará (PMDB / PT / DEM / PR / PDT / PROS / PHS / PC do B / PSL / PPL / PTN), usufrui do bônus e amarga o ônus de ser filho e herdeiro político do senador e ex-governador Jader Barbalho. A mais longeva liderança política da história do Pará, Jader carrega a pecha, que aderiu ao seu nome, de representar a quinta-essência da corrupção, na esteira de uma súbita evolução patrimonial. Um estigma ao qual invariavelmente aludem seus adversários de ocasião, para tratar de arquivar a nódoa insepulta, sempre que a ele se aliam, tal qual já fez o governador tucano Simão Jatene, que postula a reeleição pela coligação Juntos com o Povo (PSDB / PSD / PSB / PP / SD / PRB / PSC / PTB / PPS / PEN / PMN / PTC / PSDC / PT do B / PRP).
        Nascido em 1979, Helder tornou-se vereador de Ananindeua em 2000, elegeu-se deputado estadual em 2002 e foi eleito, em 2004, e reeleito, em 2008, prefeito de Ananindeua, para tornar-se candidato a governador este ano, com 35 anos. Goste-se dele, ou não, vote-se nele, ou não, deletado o emocionalismo decorrente da polarização eleitoral, o candidato peemedebista merece, certamente o benefício da dúvida, que está longe de significar um cheque em branco assinado pelo eleitor. Pelo contrário. Se eleito, de Helder deve-se cobrar, com rigor, os compromissos de gestão com os quais acenou ao eleitorado, como candidato, o que inclui ações imediatas capazes de aplacar o sucateamento de setores vitais da administração estadual, como educação, saúde, saneamento e segurança. Se claudicar, o eleitorado estará livre para em 2018 defenestrá-lo do Palácio dos Despachos, tal qual fez em 2010 com a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, que após uma gestão desastrosa, não conseguiu-se reeleger-se, em 2010. Ana Júlia sequer obteve a eleição para a Câmara Federal, nas eleições deste ano, sendo remetida para o limbo político, juntamente com o deputado federal petista Cláudio Puty, um dos luas pretas da ex-governadora, enquanto ela se manteve no poder.
        Quem certamente não merece o benefício da dúvida é o governador Simão Jatene, que aos 65 anos postula a reeleição. Feito, a fórceps, sucessor do ex-governador tucano Almir Gabriel em 2002, com a escandalosa utilização da máquina administrativa estadual, ele obteve um segundo mandato em 2010. Depois de ter sido a eminência parda administrações de Almir Gabriel como governador (1995 a 1998 e 1999 a 2002), nos seus mandatos, à frente do governo do Pará, Jatene teve um desempenho pífio, diante das promessas esgrimidas nos palanques. As suas maiores realizações, como governador, tiveram como beneficiários sua família, com ênfase para seus dois talentosos filhos, Izabela e Alberto, cuja prosperidade coincide com a ascensão política do pai. A estes se somam as famílias de sua atual mulher, Ana Maria Cunha Jatene, e da ex-mulher, Heliana Silva Jatene, mãe dos ilustres rebentos de Jatene.

        Não deriva de nenhum parti pris recusar o benefício da dúvida a Simão Jatene. Como conceder crédito a um governador notoriamente indolente, que evidencia inocultável fastio em relação as responsabilidades do cargo, e mantém uma postura tão apática, mas tão apática, que sugere a necessidade de ser vermifugado? Não por acaso, ele é popularmente conhecido como Simão Preguiça. O técnico competente que ele foi, é coisa do passado. Como administrador, ele vive no flozô, na ociosidade, usufruindo das pompas e circunstâncias do cargo, que tanto o fascinam.

2 comentários :

Anônimo disse...

É lamentável esses tucanos cara de pau , roubaram tudo que poderam , são réus confessos nas suas desculpas esfarrapadas e ainda se acham com moral para chamarem ou duvidarem de quem os colocou na política .Jader pode ser considerado o último Estadista do Norte do Brasil.
Homem de visão estadista e que tirou este estado da pobreza e identificou as suas potencialidades econômicas , merece ser e estar senador .
Estes que o difamam , são preguiçosos e sem visão estratégica de desenvolvimento., são muito pequenos.
Jader faz muito bem em não dar trela para esta escumalha de incompetentes.

Anônimo disse...

Gostaria imensamente que a Av. Alte Barroso fosse renomeada de Av. Jáder barbalho, o maior político que este Pará já teve. Pois a 25 foi renomeada de Av. Romulo Maiorana e até hoje eu não sei o que este senhor fez pelo Pará e por Belém. Sei que ele fez pela própria família, deixando-os ricos, e só!