Um Napoleão de hospício. Assim pode ser
descrito Marcos Antônio Ferreira das Neves, o procurador-geral de Justiça,
cujas sandices são dignas de um tiranete de província desvairado e revelam um
constrangedor desapreço pela liturgia do cargo. Imperial, ele a nada e a
ninguém respeita, porque não se dá a respeito, como evidencia o constrangedor
episódio da nota de esclarecimento, que veiculou no site do MPE, o Ministério
Público do Estado do Pará, rebatendo as denúncias de superfaturamento dos
preços embutidos no contrato celebrado com a Fundação Carlos Chagas. A nota de
esclarecimento assinala que seria uma suposta impropriedade comparar o concurso
realizado pelo TJ Pará, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com o certame
promovido pelo MPE, porquanto, no caso deste, o preço do contrato "diminuirá,
uma vez que será abatido com o valor arrecadado pelas inscrições". Com
isso ele sugere que, no caso do MPE, o valor é fixo, o que reforça ao
salientar, na nota de esclarecimento, que o valor do contrato celebrado pelo TJ
Pará é apenas estimado e aumentará de acordo com o numero de inscritos.
A versão oferecida por Neves, na nota de
esclarecimento, se constitui em uma colossal balela, como evidencia o promotor
de Justiça Alexandre Couto, em sua peça de aditamento. Couto sublinha que o
valor inicial do contrato celebrado pelo MPE com a Fundação Carlos Chagas, já
por si só elevado, poderá chegar a estratosférica cifra de R$ 3,5 milhões, na
possibilidade do contingente de candidatos alcançar a marca de cinco mil
inscritos. “Isso nos permite concluir que o procurador-geral de Justiça usou a
nota de esclarecimento para, intencionalmente, tentar enganar o contribuinte
que, repita-se, é quem paga essa farra com dinheiro público”, dispara,
indignada, uma fonte do Blog do Barata. “É
impossível que o procurador-geral de Justiça, que assinou o contrato com a
Fundação Carlos Chagas, não tenha lido a cláusula ‘do preço’, na qual constam
todas as variáveis que compõem o preço a ser pago”, acrescenta a mesma fonte,
antes de concluir, definitiva: “Aliás, entendo que é ainda mais grave a
situação, porque quando se lê o extrato do termo de dispensa de licitação
e o extrato do contrato publicados nas edições do Diário Oficial do Estado de
13 de fevereiro e 21 de fevereiro, constata-se que inexiste citação evidenciando
que o preço no valor de R$ 1.920.152,00 é estimado e poderá ser pago valor
maior, aliás, muito maior que esse.”
Fontes distintas expressam a convicção
pétrea, robustecida pelas declarações do procurador-geral de Justiça na nota de
esclarecimento veiculada na página do MPE na internet, de que tenha sido
omitido intencionalmente, das publicações do Diário Oficial do Estado, qualquer
citação capaz de evidenciar que o preço da Fundação Carlos Chagas era estimado.
“Evidente está que o procurador-geral de Justiça faltou com a verdade na nota
de esclarecimento que postou no site do Ministério Público Estadual no último
dia 13, para não chamar a atenção da sociedade para o quanto seria gasto de
dinheiro com esse concurso”, enfatiza outra fonte ouvida pelo Blog do Barata.
Desde que ganhou expressão e musculatura
política, com a imperial ex-procuradora-geral Marília Crespo, o Ministério
Público Estadual segue uma trajetória errática, porque dúbia, dividindo-se
entre sua missão constitucional, de fiscal do cumprimento da lei, e o jogo de
poder. Isso permitiu a ascensão de nomes do jaez de Manoel Santino Nascimento
Júnior, notabilizado menos por seus eventuais predicados para o exercício do
cargo de procurador-geral e mais pela subserviência aos poderosos de plantão,
no caso, a tucanalha, a banda podre do PSDB. Marcos Antônio Ferreira das Neves
não inova, com seu estilo imperial, mas leva ao paroxismo a falta de apreço pelo
decoro, com seu voluntarismo e sandices, dignas de um Napoleão de hospício, o
que nos leva a lamentar, pela instituição e pelo Pará.
Pobre Pará! Pobre de nós!
7 comentários :
Jornalista Barata,
Tem promotor querendo aparecer pouZando de moralista, dono da verdade, surtando pelos corredores do MPE, na verdade merece camisa de força.
Pior contando com o patrocinio da Rejane Viana, servidora de apoio de promotoria criminal, que se apega a qualquer oportunidade para conquistar seu grande sonho ser aceçora.
Esse trio nada a ver com os honestos e equilibrados Promotores de Justiça Drs. Alexandre Couto e Firmino Matos.
Se arrogância, ganância e bandidagem for loucura, então concordo contigo, Barata, o PGJ é louco. Muito louco.
Gostaria de ver a cara dos procuradores que na última reunião do Colégio, usaram o microfone para atacar os promotores Drs. Alexandre Couto e Firmino Matos, demonizando-os sob a falsa acusação de que os probos promotores estavam prejudicando a imagem do MPE, sem quererem enxergar que a imagem do MPE está sendo manchada pelas sandices do PGJ e esses procuradores bradaram apoio ao PGJ se dizendo convencidos da legalidade da dispensa. E agora nobres procuradores, mesmo depois de lerem o aditamento do Dr. Alexande, de uma clareza ofuscante, vão continuar dizendo que a dispensa foi legal, que o PGJ agiu corretamente ou vão criar vergonha na cara e tomar providencias orientadas pelos princípios constitucionais, honrando os elevados subsídios que recebem e que são turbinados por penduricalhos imorais e inconstitucionais, tudo pago pela sacrificada sociedade? Com a palavra, o Douto Colégio de Procuradores de Justiça do MPE.
Eu também, gostaria muito de ver a cara desses procuradores.
1 ano de gestão marcado por tantas sandices. Que decepção.
Dos 03 loucos acima citados, um deles brada de muito honrado, democrata apaixonado peli papel do MPE, mas na verdade ele nem aparece pra trabalhar, não faz jus ao que ganha. Vai trabalhar maluco.
Por auxilio moradia, auxilio alimentação, gratificação de acumulacao de ate 25 por cento, conversão de ferias e licença .premio em pecunia etc. Realmente no próximo dia 10/04 o atual chefe do MP completa um ano de loucura!.
21:57, será que ele é louco porque fala a verdade que os outros não querem escutar?
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