Jorge de Mendonça Rocha: convicções do passado recente sepultadas. |
O poder não muda o homem, apenas o
desmascara. Nada mais ilustrativo disso que o sub-procurador-geral
de Justiça, Jorge de Mendonça Rocha,
que hoje engrossa a fileira de áulicos do atual procurador-geral de Justiça,
Marcos Antônio Ferreira das Neves. Como Neves, ele hoje endossa – não por
convicção, mas por conveniência, de acordo com seus críticos – a esdrúxula tese
segundo a qual o MPE estaria desobrigado da exigência de realizar licitação,
para contratar empresa que organize e execute concursos públicos.
Mas nem sempre foi assim. Em passado
recente, quando ainda era promotor de Justiça, abrigado na Promotoria de Direitos Constitucionais e Defesa da Moralidade, Rocha elaborou um TAC, o Termo de Ajustamento de
Conduta, no rastro do qual o governo do Estado se comprometia a fazer
licitação para contratar instituição para realizar concurso público. Aos
ascender na carreira e tornar-se sub-procurador-geral de Justiça, ele também
mandou os escrúpulos às favas, tal qual o coronel Jarbas Passarinho, na
tenebrosa reunião de 13 de dezembro de 1968, comandada pelo general Costa e
Silva, o segundo presidente da ditadura militar, no Palácio do Catete, no Rio.
Da reunião brotou o famigerado AI-5, o Ato Institucional nº 5, que fez o Brasil
submergir no mais radical obscurantismo. Rocha, é verdade, não necessitou de
nenhum cenário épico, para revelar-se como áulico e usufruir dos fartos dividendos
pela submissão incondicional ao patrão da
hora. Hoje sub-procurador-geral de Justiça,
defende intransigentemente a contratação da Fundação Carlos Chagas, com
dispensa de licitação, e, segundo recorrentes relatos, teria tornado-se um
ácido crítico dos promotores de Justiça Alexandre Couto e Firmino Matos.
5 comentários :
Ele topa tudo para realizar o sonho de chegar onde o irmão chegou... Mas isso não será fácil e já está pagando um preço muito caro, que é ser SUB de Marcos Antonio... Ninguém, nenhum ser humano, com o mínimo de amor próprio aceitaria ser SUB do atual PGJ! Mas a rejeição de Jorge Rocha é tão grande quanto a de Serra para Presidente da República! O ideal é se conformar de que já chegou longe demais graças ao irmão, porém nunca ocupará os cargos que dependem de voto, logo, nunca ocupará os cargos que o irmão ocupou...
Conheci o Dr. Jorge Rocha quando ele ocupava a promotoria de defesa da e fiquei bastante bem impressionada com a forma de atuação dele. Ele me pareceu uma pessoa zelosa com a coisa pública e em sua atuação teve embates com a máfia togada do TJE que lhe renderam processos movidos por membros do TJE que ele combatia. Quando li a postagem do blog, fiquei decepcionada ao saber no que o Dr. Jorge se transformou: num puxa-saco, carreirista, capaz de mandar às favas o escrúpulo.
Você de 25 de março de 2014 22:54 Deve ser analisado todo o contexto para poder se jogar pedra nos outros, de fato o Dr. Jorge Rocha, sempre se mostrou um homem educado, probo, não apenas pela fala, mas no agir. Quem garante que ele não confiou irrestritamente na assessoria de Anelice Leitão, quem sabe essa não tenha sido a grande falha do Procurador de Justiça.
Quanto a ser SUB de Marcos Antonio ou de qq outro PGJ, não vejo problema. Se fosse assim, todos os beneficiados (Promotores e Procuradores de Justiça) com a indenização de férias, licença prêmio, pagamento de plantão, auxilio alimentação e moradia conquistados na gestão do atual PGJ seriam também indignos!!!!
07:40, achas que os beneficiados (promotores e procuradores) com esses "penduricalhos" inconstitucionais e imorais, não são indignos? Claro que são indignos, imorais e inconfiáveis porque quem trai suas convicções só para receber vantagens indevidas, se vende e vai se vender sempre que tiver oportunidade. Não existe o meio probo. Ou é probo inteiramente ou é ímprobo por completo.
Coisa feia tentar promover briga entre irmãos anonimo das 19:13.Ambos são valorosos, dedicados, honrados e possuidores de uma legião de amigos e seguidores.
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